Adriana Villela, acusada de participação no triplo homicídio que matou seus pais, José Guilherme Villela, Maria Carvalho Mendes Villela e a principal empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, depôs por quase nove horas na oordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida da Polícia Civil (Corvida).
Adriana saiu do presídio feminino por volta das 10 horas da manhã e só deixou o órgão as 00h40 desta quinta-feira. De lá, a suspeita, que não falou com os jornalistas, seguiu para o Instituto Médico Legal e depois voltou para a Penitenciária Feminina do DF.
Vidente e marido soltos
Após oito dias presos, a vidente Rosa Maria Jaques e o marido, João Tocchetto, acusados de atrapalhar as investigações do triplo homicídio na 113 Sul, ganharam a liberdade na noite desta quarta-feira (25/8). Toccheto deixou e Penitenciária Papuda e acompanhou o advogado de defesa Marcelo Mota até o Presídio Feminino do Distrito Federal, no Gama, para a soltura da paranormal.
"Estou muito cansada. Depois vou dar uma entrevista coletiva", disse a vidente ao deixar o presídio, por volta das 23h45. O casal conseguiu o habeas corpus nesta tarde, concedido pelo desembargador Romão Cícero, da Primeira Turma Criminal. O advogado Marcelo Mota alegou que a prisão era desnecessária. "Não concordamos com a linha de investigação e vamos continuar recorrendo", disse o defensor.
[SAIBAMAIS]Os dois foram presos no Rio Grande do Sul na terça-feira da semana passada (17/8) e chegaram a Brasília no dia seguinte. Segundo as investigações, ele participaram de um esquema para atrapalhar as investigações do triplo homicídio na 113 Sul. O crime, ocorrido em 28 agosto de 2009, tirou a vida do ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral.
Chave
Rosa Maria e Tocchetto teriam fraudado a existência de uma chave do apartamento do casal Villela na casa de dois moradores de Vicente Pires. Em 31 de outubro de 2009, ela procurou a delegada Martha Vargas, então chefe da 1; DP (Asa Sul), para dizer que tinha a ;missão; de ajudar nas investigações dos homicídios do casal de advogados José Guilherme Villela e Maria Villela; e da empregada deles Francisca da Silva. No mesmo dia, a vidente, o marido, a delegada e o policial civil José Augusto Alves ; então braço direito de Martha ; foram ao imóvel dos Villela. Usando seus supostos dons de clarividência, Rosa teria visto pelos olhos do autor o local de sua residência.
Em abril deste ano, a polícia reconheceu que a chave encontrada em Vicente Pires teria sido plantada no local. O episódio se tornou uma das razões para a decretação, na semana passada, da prisão temporária de cinco pessoas ; a vidente e o marido, o policial José Alves, uma ex-faxineira dos Villela e a filha do casal assassinado, Adriana, que é considerada pela Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida) a principal suspeita do crime.
No despacho em que decidiu pelas prisões, o juiz Fábio Esteves escreveu que Rosa Maria e Adriana Villlea se encontraram antes de a paranormal procurar a polícia. Segundo ele, o grupo agiu de forma ;orquestrada; para atrapalhar os trabalhos de apuração do caso.