Naira Trindade
postado em 28/08/2010 08:13
A Polícia Civil do Distrito Federal confecciona o retrato falado do assassino do contador Gesley Nogueira Amaral, 42 anos, que morreu vítima de três facadas dentro de casa em um condomínio familiar, na manhã de quinta-feira (26/8), na Quadra 5 do Park Way. Ontem, agentes levaram a empregada doméstica da residência até a 4; Delegacia de Polícia (Guará) para ser ouvida em depoimento. Ela é a única testemunha do crime. A mulher teria visto quando um homem invadiu a casa do contador, subiu as escadas e o esfaqueou. Gesley acabava de se vestir para ir ao trabalho, em um escritório de contabilidade em Águas Claras. Ontem, familiares e amigos se despediram dele trajados com camisetas brancas com a frase: ;Saudade eterna, te amaremos para sempre;. O corpo de Gesley foi sepultado no Cemitério Campo da Esperança.As circunstâncias da morte do contador são apuradas pelo delegado Jeferson Lisboa, chefe da 4; DP. A primeira suspeita levantada pelos familiares era de que Gesley teria sido vítima de um assalto. Porém, o assassino fugiu sem levar nada. ;Nenhuma hipótese está descartada (latrocínio e homicídio);, ponderou o responsável pela investigação. ;Todos os indícios serão investigados. Acredito que terminaremos antes de 30 dias;, limitou-se a dizer, temendo atrapalhar as investigações.
Gesley morava em um condomínio fechado, onde residem quatro famílias, todos parentes da esposa dele. Os muros que cercam as casas são altos, com cerca de 4 metros de altura, e o portão elétrico fica constantemente trancado. A família ainda não sabe como o assassino entrou no condomínio. Segundo a polícia, no momento do crime havia pessoas nas outras casas do conjunto.
Na manhã de quinta-feira, por volta das 8h, Gesley era o último a sair de casa. Ele ainda se vestia para seguir até o trabalho. O carro dele estava na porta de casa. Os três filhos, de 15, 12 e 9 anos, e a esposa, que é professora, já tinham saído para a escola. A empregada doméstica ; que não teve o nome revelado ; também estava na residência. Ela teria testemunhado o assassinato.
A faca usada no crime ; tipo peixeira ; está no Instituto de Criminalística da Polícia Civil para perícia. Amostras de sangue e impressões digitais ajudarão no desempenho da investigação. ;Não podemos adiantar nada. Precisamos de provas técnicas;, disse Lisboa. Com o depoimento da doméstica, os peritos vão elaborar o retrato falado do invasor. ;Ainda é cedo para dizer sobre a divulgação dele.; Durante o sepultamento, os familiares não quiseram dar entrevista.