postado em 31/08/2010 07:00
No primeiro dia útil após a interdição das vias marginais norte e sul da Estrada Parque Taguatinga (EPTG) ; na altura do viaduto de Águas Claras ;, os motoristas enfrentaram problemas na hora de voltar para casa. Ontem, às 17h40, o sentido Plano Piloto-Taguatinga já apresentava lentidão a partir da altura da QE 2 do Guará I. O principal motivo era o fechamento do acesso à Estrutural, próximo ao Jóquei Clube. Passado esse ponto, havia fluidez na movimentação do grande volume de carros que seguia em direção a Águas Claras e a Taguatinga.Além do congestionamento, os motoristas tiveram dificuldade para encontrar os acessos. Desde sábado até o fim do próximo mês, quem se dirigir às colônias agrícolas Samambaia e Vicente Pires terá um caminho mais longo. O acesso mais próximo fica no Pistão Norte, passando pelo Taguaparque. O motorista que sai de Taguatinga e pretende ir a Águas Claras só consegue entrar na cidade pelos acessos do Pistão Sul ou pelo Viaduto Israel Pinheiro.
A interdição foi feita no último sábado e deve durar cerca de 30 dias. Tradicionalmente, a situação do trânsito tem sido mais complicada nos horários de chegada e de saída do trabalho. Para a analista financeira Elisângela Silva, 32 anos, as alterações não mudaram a confusão diária que o motorista que utiliza a via enfrenta diariamente. ;Há mudanças todos os dias, e não é bem sinalizado. A situação fica pior sobretudo à noite;, acredita.
A economista Patrícia Costa, 33, mora em Águas Claras e trabalha no Setor Comercial Sul. Pega a Estrada Parque duas vezes por dia e, no total, gasta até duas horas no trajeto. Apesar de reclamar de pontos escuros, como o acesso a Vicente Pires, e da ineficácia da sinalização, as mudanças ajudaram a dar vazão ao engarrafamento. ;Não acho que piorou. Mas, como o volume de carros é muito grande, as obras nunca vão atender a demanda;, diz. Para ela, o prazo estipulado para o fim das obras não será suficiente. ;Ontem mesmo eu estava questionando isso. Com tantas coisas que faltam ser feitas, acho difícil entregar a EPTG completa em outubro;, aposta.
Como se não bastasse o trânsito lento, quem rotineiramente usa os caminhos para chegar em casa ou ir para o trabalho achou as modificações um tanto complicadas. ;Eu achei que a pista ficou muito mal sinalizada. A ideia de alargar a EPTG é boa, mas quem mora por aqui tem que retornar por caminhos que não fazem parte do percurso. Fica muito longe;, reclamou o comerciante Marcelo Ferreira, 50 anos, morador da Colônia Agrícola Samambaia. Mesmo com a barreira na pista, muitos condutores preferiram ignorá-lo. Vários carros foram flagrados furando o bloqueio nos horários de trânsito intenso, para fugir do congestionamento.
Segundo o superintendente de Obras do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF), Samuel Dias, o ajuste na sinalização é feito diariamente e que é normal os motoristas estranharem a mudança nos primeiros dias. Ele disse que as equipes têm trabalhado nas partes interditadas, fazendo aterros e retirando as passarelas provisórias. O prazo para as pistas serem liberadas é de 30 dias, com exceção da obra na altura do Jóquei, cujo o prazo final é outubro, quando toda a obra deve ser finalizada.