Com uma frota de 1.198.721 veículos no Distrito Federal, o brasiliense cometeu quase o mesmo número de infrações de trânsito no ano de 2010. Até o dia 30 de agosto, um total de 1.255.002 multas foram aplicadas, uma média de cinco mil por dia. A fiscalização eletrônica registrou o maior número, mais de 960 mil.
As mais comuns correspondem ao não uso do cinto de segurança (34.354); falar ao celular durante a direção (26.445); avançar o sinal vermelho (145.156); dirigir sem licença ou carteira de motorista(7.767) e por fazer a mistura perigosa entre álcool e direção (6.769).
De acordo com o diretor de Segurança de Trânsito do Detran-DF, Silvain Fonseca, o órgão tem uma meta de redução de acidentes e, por isso, aposta na fiscalização. "Desde o ano passado mais de 200 mil pessoas receberam a licença para dirigir. Consequentemete o número de acidentes também aumentou, já que muitos motoristas apostam na impunidade", afirma o diretor.
O Detran esclarece que o dinheiro arrecadado é usado na fiscalização, educação, engenharia (despesas com sinalização) e 5% vai para o governo federal. "É feito um orçamento anual das ações do órgão e de acordo com a disponibilidade vamos aplicando o dinheiro", diz Fonseca.
Segundo o diretor, os condutores têm até quatro etapas de recursos e, por isso, a arrecadação é feita normalmente durante o licenciamento anual. "A maior fonte de arrecadação do Detran são os serviços prestados pelo órgão, como o emplacamento", diz.
Prestação de contas
De acordo com dados divulgados no site do Detran, até julho deste ano o órgão arrecadou R$ 50.094.151 com as multas do brasiliense. Desse número, mais de R$ 35 milhões foram gastos, sendo 45% em engenharia; 11,7% em pessoal; 8,22% em outros (referentes a informatização, manutenção das viaturas, instalações físicas e pagamento de pessoal); 5,75% em fiscalização e 0,05% em educação.