Luiz Calcagno
postado em 16/09/2010 17:23
Há seis meses em greve, os funcionários da Universidade de Brasília (UnB) conquistaram vitória no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode indicar o fim da paralisação, iniciada em 16 de março. A ministra Carmem Lúcia deferiu o pedido de liminar do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação da UnB (Sintfub), que garante o pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP) à categoria. A decisão, tomanda na última terça-feira (14/9), foi divulgada na tarde de quinta-feira (16), após reunião entre a parlamentar, representantes dos servidores, do Diretório Central de Estudantes (DCE) e Associação dos Docentes da UnB (ADunB).
Incorporada ao salário da categoria em 1989, a URP representa 26,05% da remuneração dos servidores técnico-administrativos da universidade. Os rumos da greve serão definidos na próxima terça-feira (21), durante assembleia do Sintfub.
Entenda o caso
6 meses de paralisação
Em 7 de fevereiro, o Ministério do Planejamento determinou o corte da concessão da Unidade de Referência de Preços (URP) aos técnicos da Universidade de Brasília, com argumento de que os servidores não tinham proteção legal. Desde então, a manutenção do pagamento das parcelas vem sendo alvo de análises favoráveis e desfavoráveis dos órgãos judiciais.
O impasse na continuidade do pagamento do provento culminou na greve dos servidores da UnB, que foi definida por meio de uma assembleia realizada em 16 de março. A interrupção dos trabalhos já dura mais de seis meses, sendo a mais longa da história da instituição.
A URP saiu de vez dos contracheques dos técnicos-administrativos da universidade no mês de julho. O reitor José Geraldo de Sousa Junior argumentou que, após decisão do Tribunal Regional Federal, não havia mais respaldo legal para continuar efetuando o pagamento do benefício.