Cidades

Empresa demolidora trabalha para remover os destroços de prédio no SHN

postado em 21/09/2010 07:45
Um dia após a implosão do prédio abandonado no Setor Hoteleiro Norte, quem trabalha ou passa pelo local com frequência já se acostuma com a nova paisagem. Uma equipe da empresa Equatorial Construções, responsável pela limpeza do terreno, se mobiliza de segunda-feira a sábado para recolher todo o entulho e evitar que a poeira se espalhe. São mais de 17 mil toneladas de destroços que devem ser retirados do local em até 30 dias.

O esqueleto em frente à W3 Norte foi construído há 17 anos e se encontrava abandonado. A empresa JC Gontijo, dona do terreno, agora pretende construir um hotel de luxo no local, visando a Copa do Mundo de 2014. Mas, por enquanto, o que existe é muito entulho para ser retirado. São duas britadeiras e oito caminhões encarregados de quebrar grandes blocos de concreto e transportar os resíduos para o aterro sanitário da Estrutural. Parte dos destroços será reutilizada como material para pavimentação de ruas.

;A sujeira foi menor do que esperávamos. Nem precisamos limpar a W3 porque a poeira não se espalhou tanto;, avalia Thomaz Amaral, gerente da Equatorial Construções. Além de recolher os escombros do prédio, a empresa se comprometeu a utilizar um carro-pipa todos os dias para molhar as ruas e diminuir a poeira na região.

Sujeira e lembranças

;Tinha muito pó espalhado. Parecia que estávamos em uma guerra;, descreve o gerente-geral do Hotel Comfort Suites, Sérgio Cândido. O estabelecimento foi um dos mais afetados pela sujeira que ficou depois da implosão. Ainda assim, o impacto foi pequeno. Por volta das 14h de domingo, o funcionamento dos hotéis já estava normalizado e os hóspedes puderam retornar aos aposentos. Cândido diz que o barulho da britadeira incomoda um pouco, mas vê a demolição do prédio como uma medida positiva. Ele conta que já precisou chamar a polícia porque pessoas estavam utilizando o edifício abandonado para vender drogas. ;Acredito que valorizará mais a região. Sem falar que melhora a nossa vista, removendo aquele esqueleto feio;, diz.

Mesmo depois da implosão, algumas pessoas ainda registravam lembranças do acontecimento. O músico Samuel Neto, 28 anos, passou ontem pelo local e aproveitou para tirar algumas fotos. Ele conta que acordou cedo no domingo para poder assistir à demolição, mas não pôde ver os escombros de perto. ;O cenário lembra o de um terremoto e nos faz refletir sobre esse tipo de desastre sempre tão distante;, reflete. Já Durval Silva, 40, recepcionista do Aracoara Hotel, que fica próximo ao antigo prédio, filmou toda a implosão na manhã anterior. Como nunca havia presenciado um evento desse tipo, a curiosidade e a expectativa eram grandes. ;Fiquei impressionado. O único problema é que tudo foi rápido demais;, descreve.

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