Cidades

Homem é gravemente ferido no cemitério de Sobradinho II

postado em 23/09/2010 07:39
Lápides podem ter sido usadas como armas para uma tentativa de assassinato na noite da última terça-feira. Por volta das 21h30, Bruno Ricarto da Silva, 25 anos, foi ferido gravemente por dois homens no cemitério de Sobradinho II. Atingido por golpes da cabeça, a vítima está internada em estado grave. Para os investigadores da Polícia Civil, o crime deve estar relacionado ao consumo de drogas.

Bruno estava acompanhado de um amigo quando sofreu a tentativa de homicídio, de acordo com o delegado adjunto da 35;DP, João Ataliba Neto. Dois homens abordaram a dupla. ;A drogas deles (agressores) teria sumido;, detalhou o delegado. Os agressores estariam armados com gargalos de garrafas de vidro. Após ser ferido, o colega de Bruno conseguiu escapar.

Na fuga, o amigo passou na casa da companheira de Bruno. Com cortes pelo corpo, contou pensar que a vítima estava morta. Depois de receber a notícia, ela seguiu para a 35; DP. Até então, Bruno seguia sem socorro, por falta de bombeiros na região. Agentes da delegacia buscaram o rapaz no cemitério. Encaminhado de viatura para o Hospital Regional de Sobradinho (HRS), foi transferido em estado grave, por volta das 6h, para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde continua internado.

Exames médicos atestaram trauma por objeto contundente na cabeça de Bruno, de acordo com delegado. Para ele, contudo, o tipo de ferimento não garante que as lápides tenham sido usadas. ;Também podem ter sido causados por pedras ou garrafas quebradas;, ressalva o delegado. Segundo ele, Bruno possui dois antecedentes criminais: uma prisão em flagrante por roubo, em 2004, e uma agressão corporal recíproca, em 2008. A vítima, diz Ataliba, era usuária de drogas. Os supostos autores da agressão foram identificados. Até o fechamento desta edição, seguiam foragidos.

Procurada, a Campo da Esperança, gestora do local, optou por não se pronunciar sobre o assunto. Para a empresa, o cemitério se trata de área pública e sofreu uma invasão. Considera o crime um caso apenas para a polícia. O local é aberto à visitação das 8h às 18h. De acordo com a assessoria de imprensa da empresa, dois seguranças estavam no local no momento do crime. Segundo Ataliba, a empresa não deve ser responsabilizada, ao menos na esfera criminal. ;Os usuários entram clandestinamente, escondidos.;


"(Os ferimentos) Também podem ter sido causados por pedras ou garrafas quebradas"
João Ataliba Neto, delegado adjunto da 35;DP

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