Durante entrevista coletiva no Hospital de Base do Distrito Federal, o diretor Luiz Carlos Schimin descartou as supostas mortes causadas pela bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). Segundo ele, um paciente que morreu há dois dias era portador da bactéria, mas não foi essa a causa do óbito. "Ele tinha um tumor, trombose venosa e passou por cirurgia. Ele morreu em decorrência de uma embolia pulmonar", explicou. O primeiro caso da infecção no Brasil ocorreu em Recife, em 2006. No Distrito Federal, o primeiro registrado foi em janeiro deste ano, mas não há mortes.
No total, onze pacientes do HBDF estão com a bactéria. Segundo o diretor, eles ocupam quatro alas diferentes do hospital e são monitorados constantemente por uma equipe específica. Entre eles, há dois politraumatizados graves internados há 15 dias e teriam sido infectados no hospital.
[SAIBAMAIS]De acordo com o diretor, os médicos e enfermeiros são orientados a reforçar a higiene para evitar a transmissão por contato. "Uma medida simples, barata e eficaz de acabar com a bactéria é lavar as mãos", avisou. De acordo com o diretor, o problema é mundial e preocupa pela facilidade da disseminação e resistência. A preocupação é que não existam novos remédios à medida que a bactéria sofra mutações. "Os antibióticos existem, mas a bactéria cria uma resistência", disse. No HBDF, apenas três antibioticos sao utilizados.
Segundo o diretor, há um surto da doença, mas os profissionais têm feito exames nos pacientes para constatar se há o aumento do número de infectados. "Não se sabe a origem no DF, mas não há motivo para alarde", garantiu.