Cidades

Mensalidade de escolas particulares terá alta de até 13%

O percentual máximo fixado pelos donos de colégios particulares supera o dobro da inflação acumulada em 12 meses

postado em 01/10/2010 08:00
As mensalidades das escolas particulares do Distrito Federal terão reajustes entre 7% e 13% para o ano letivo de 2011. A margem foi divulgada na noite desta quinta-feira pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF) após assembleia com as escolas vinculadas à entidade. O aumento fica acima daquele que havia sido apurado por levantamento do Correio, que entrou em contato com vários colégios durante esta semana. Reportagem publicada ontem apontava reajustes de 5% a 10%. Também supera a previsão inicial feita pela presidenta do Sinepe-DF, Amábile Pacios, que havia estimado alta de até 11%.

De acordo com Amábile, todos os anos o reajuste nas mensalidades escolares leva em conta as planilhas de custos dos estabelecimentos. Folha de pagamentos de professores e demais funcionários, impostos, materiais de consumo e tarifas públicas como aluguel, água, luz e outras entram no cálculo.

As diferentes propostas pedagógicas dos colégios também pesam no aumento. Alguns métodos de ensino são mais requisitados. Outros implicam mais gastos com infraestrutura. Algumas escolas, por exemplo, oferecem atividades extras como balé ou aulas de idiomas, e mantêm as turmas por mais tempo em seu espaço físico.

;A inflação não é indexador para os estabelecimentos de ensino;, afirma a presidenta do Sinepe-DF, justificando o fato de a alta máxima, de 13%, ser superior ao dobro da inflação acumulada do ano, que é de 4,57%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Amábile Pacios afirmou que o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares do DF não fixa índices oficiais de reajuste para o setor das escolas particulares, e que os aumentos para 2011 ficam a critério de cada estabelecimento.

;A margem de 7% a 13% foi obtida após uma apuração, durante a assembleia, do reajuste que será feito pelas escolas filiadas ao Sinepe;, explica a presidenta do sindicato.

Um dos motivos para a reunião de dirigentes e proprietários de colégios ocorrida ontem foi a definição, por parte de estabelecimentos que ainda não haviam fixado um número, de qual seria o patamar de reajuste. Entretanto, alguns deixarão a decisão para novembro. Amábile Pácios informa que, dos 450 estabelecimentos particulares existentes no Distrito Federal, um total de 220 são vinculados à entidade representativa. Este é o quarto ano consecutivo em que as escolas particulares do DF definem aumento além da barreira da inflação.

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