Um homem de 38 anos foi preso nesta quinta-feira (30/9) após denúncia da própria filha, que o acusou de abuso sexual. A adolescente de 14 anos revelou a uma estagiária da escola onde estuda que sofria violência há dois anos. O acusado está na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
Segundo a delegada-chefe adjunta da Delegacia Especial de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Alessandra Figueiredo, ontem, ao levar a filha na escola, no caminho, o pai, que é dedetizador, teria pedido para que ela o masturbasse. "Ela fez, mas depois de um tempo não quis mais. Frustrado, ele falou para a filha que ela teria que terminar isso quando chegasse em casa", contou a delegada.
Assim que chegou na escola, no Guará, a estudante contou o ocorrido a uma estagiária do local. Depois disso, a diretora da escola acompanhou a menina à DPCA.
Relato
Segundo a delegada, a adolescente estava receosa no início do depoimento, mas após conversar com policiais com formação em psicologia, contou o que vinha sofrendo. "Ela disse que o pai começou a violentá-la com 12 anos", disse Alessandra.
Em dois anos, o dedetizador abusou da filha três vezes e pedia com frequência que ela o masturbasse. A jovem disse que não contou antes porque o pai sustentava a família financeiramente e fazia ameaças de morte aos irmãos e à mãe.
O acusado é casado há 20 anos com a mãe da garota. Moradores do Park Way, juntos eles tiveram mais dois filhos, um garoto de oito anos e outra de 16. "A mãe da adolescente ficou muito abalada quando soube de tudo", contou Alessandra.
Segundo a delegada, a mãe disse nunca ter percebido nada, pois tem síndrome do pânico e toma muita medicação, que tem como reação colateral o sono. O dedetizador foi autuado por estupro de vulnerável e, se condenado, a pena varia entre oito e 15 anos.