Roberta Machado
postado em 01/10/2010 18:49
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) realizou na tarde desta sexta-feira (1;/10) um Exercício Simulado de Emergência Aeronáutica Complexo (EXEAC) para avaliar a resposta das equipes responsáveis em caso de uma crise causada por um acidente aéreo. A simulação teve início às 14h, e não interferiu no funcionamento do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
Para o exercício, foi criado um caso fictício de queda de aeronave ; um avião transportando 70 passageiros e 5 tripulantes que sofreu superaquecimento em um dos motores e tentou fazer um pouso forçado. O acidente foi representado com a queima tonéis de óleo e gasolina na área operacional do aeroporto. As chamas subiram rapidamente e em poucos minutos o local foi tomado por carros e profissionais que tentavam controlar o fogo e resgatar as vítimas, representadas por estudantes de Aviação Civil.
"Procuramos nos aproximar o máximo possível da realidade. Você pode colocar cargas perigosas, passageiros, e ir dramatizando para criar o cenário emergencial", explicou Antonio Sales, superintendente do Aeroporto Juscelino Kubitschek . O EXAC é uma exigência anual da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para todos os aeroportos com fluxo superior a um milhão de passageiros. A última vez que o treinamento se fez necessário foi em 2001, quando uma aeronave de pequeno porte sofreu uma pane e caiu a 30 metros da cabeceira da pista. O acidente teve uma vítima.
Os feridos caracterizados eram homens e mulheres com os mais diferentes quadros clínicos: de grávidas com complicações no parto a vítimas com fraturas expostas. Todos foram colocados sobre lonas verdes, amarelas e vermelhas, indicadas de acordo com o grau da gravidade das lesões de cada um. Os figurantes eram então direcionados para hospitais em ambulâncias ou helicópteros, dependendo da urgência do caso de cada um. A lona preta, afastada das demais, recebeu seis vítimas que tiveram a falsa morte declarada devido a complicações no atendimento.
Participaram do simulado mais de 200 voluntários cadastrados para auxiliar em uma situação de emergência. Foram funcionários da Polícia Militar, Infraero, Detran, Polícia Civil, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e Base Aérea de Brasília. Até mesmo parte da rede hospitalar local ficou de prontidão para receber os feridos. O treinamento também serviu como teste para os 50 voluntários da Infraero e das companhias aéreas formados este ano no Curso de Voluntários de Emergência (CVE).