O valor dos alimentos da cesta básica no Distrito Federal no mês de setembro aumentou em 0,94%, de acordo com a pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Isso equivale a um aumento real de R$ 2,01. Apesar disso, na comparação com setembro de 2009, a cesta ficou 1,03% mais barata.
Dos 13 produtos que compõem a cesta, o item que mais aumentou foi a carne, com variação de 6,17%. O preço do óleo de soja também cresceu consideravelmente em 9,61%, porém o valor não superou o da carne.
Em 12 meses, os preços que mais subiram foram o açúcar (46,07%) e a carne (14,49%). Os itens da cesta que tiveram maior registro de queda foram: batata (-20,92%), leite (-7,18%), feijão (-4,07%) e farinha de trigo (-3,47%).
Orçamento familiar
Os dados do Dieese confirmam, ainda, que o consumo alimentar de uma família composta por dois adultos e duas crianças exigiu o gasto mensal de R$ 647,97. Isso equivale a, aproximadamente, 1,27 salários mínimos.
Quem trabalha no DF precisou dedicar 93 horas e 10 minutos da jornada mensal para conseguir comprar os 13 produtos da cesta, em setembro. Os dados mostram, também, que Brasília passou da 6; posição para a 10; no ranking da capital com a cesta básica mais cara.
O Dieese calculou, ainda, o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Deveria chegar a R$ 2.047,58, o que corresponde a 4,01 vezes o mínimo em vigor, de R$ 510,00.