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Dia das Crianças eleva otimismo e comércio espera aumento de até 14,82%

Setor prevê aumento nas vendas de 4,5% a 14,82% em relação à comemoração em 2009. Expectativa supera a média de 8% registrada em outras datas festivas durante este ano

postado em 07/10/2010 08:00
Nove meses de vendas aquecidas são responsáveis pelo fato de os comerciantes do Distrito Federal estarem se preparando com entusiasmo para o Dia das Crianças, celebrado na próxima terça-feira, 12 de outubro. Animados por um ano com sucessivos resultados mensais positivos, eles projetam altas de 4,5% a 14,82% nas vendas para a data com relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a Federação do Comércio do DF (Fecomércio-DF), desde janeiro deste ano tem havido uma média de incremento nas vendas em datas comemorativas de 8% ao mês levando-se em conta épocas iguais no ano passado. Já a Câmara de Dirigentes Lojistas do DF (CDL-DF) diz que meses comuns têm registrado crescimentos de 1,9% a 2,2% na comercialização de produtos em relação aos mesmos períodos de 2009, e estima o fechamento de 2010 com superavit de 7,9% a 8,9% em relação a 2009.

;Todo o setor está bem estocado, e espera um tíquete médio na faixa de R$ 80 para o presente das crianças;, destaca Geraldo Araújo, vice-presidente da CDL-DF. De acordo com ele, o faturamento da data, a terceira mais lucrativa para o comércio, deve servir de termômetro para apontar como serão as vendas do Natal, primeira melhor data comemorativa. A expectativa de aumento nas vendas fixada pela Câmara de Dirigentes Lojistas é de 4,5%.

O Sindicato do Comércio Varejista do Distrito Federal (Sindivarejista) faz previsão semelhante, estimando alta média de 5% frente a 12 de outubro do ano passado, com picos de incremento para alguns ramos específicos do comércio ; lojas de brinquedos, confecções, CDs e DVDs e eletroeletrônicos podem ter crescimento de 8% a 10% no faturamento frente à mesma data de 2009. O Sindivarejista conta com um valor médio de R$ 52 a ser despendido pelos pais com o presente. ;Tem sido um ano muito bom. As datas comemorativas têm tido bom desempenho devido à melhor condição e confiança do consumidor;, afirma Antônio Augusto de Morais, presidente da entidade.

A Federação do Comércio do DF, que divulgou pesquisa com expectativa de vendas para o Dia das Crianças no início deste mês, tem as previsões mais otimistas quanto ao desempenho da data. A entidade, que ouviu 71 lojistas, registrou que a maioria deles, 70,4%, conta com incremento médio de 14,82% nas vendas. No ano passado, a expectativa era bem mais modesta, de resultados 8,18% superiores aos de 2008. Entre o restante dos entrevistados, 23,9% esperam faturamento igual ao de 2009, e 5,6% acreditam em queda no desempenho.

Comportamento
De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Miguel Setembrino, além do bom momento da economia, mudanças de comportamento do público infantil estão por trás das expectativas positivas. Segundo ele, embora o segmento dos brinquedos deva liderar a alta nas vendas, com previsão de crescer 21,12% na data, as lojas de calçados e de roupas(1) devem ser destaque no Dia das Crianças de 2010, com incremento respectivo de 16,14% e 9,76% na comercialização de artigos. ;Há uma tendência cada vez maior de as crianças mais velhas quererem ganhar roupas de presente;, destaca.

Setembrino frisa que, segundo a pesquisa da Fecomércio-DF que entrevistou 71 lojistas, o segmento de confecção infantil estima o segundo maior tíquete médio do mercado para o 12 de outubro deste ano, de R$ 72,60, atrás apenas dos hipermercados, que contam vendar bicicletas e eletroeletrônicos a um custo médio de R$ 149,50. Calçados e brinquedos praticamente empatam no terceiro lugar, com valor do presente em R$ 41,50 e R$ 41,63, respectivamente. O valor geral estimado para o tíquete em 2010 segundo o levantamento da entidade é de R$ 55.

O interesse crescente dos pequenos ; principalmente das meninas ; por roupas e acessórios é notado pela empresária Janaína Sebalho, dona da confecção infantil Três Fases, na Quadra 302 do Sudoeste. Janaína, que comercializa artigos para crianças de zero a 12 anos, diz que sempre houve alta no movimento da loja nas proximidades do Dia das Crianças. ;Sempre tem um tio ou uma tia que dá roupa;, comenta. De uns tempos para cá, no entanto, ela tem percebido que garotas mais crescidas optam por vestimenta, bolsinhas, pulseiras e enfeites para cabelo como presente principal. ;Elas querem andar na moda e combinar tudo;, destaca.

1 - Produção
Dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) de 2008 mostram que a fabricação de peças para crianças representa 23% da produção de roupas no Brasil ; destes, 18% são moda infantil e 5%, moda para bebês. A indústria de roupas para os pequenos fica atrás somente da de roupas femininas adultas ; 57% ; e à frente da masculina, que responde por 20% da produção nacional.

Procon fará blitz até dia 8
Para averiguar o respeito às normas de consumo, o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF), realiza nesta semana uma blitz nas lojas de brinquedos. A operação objetiva proteger o consumidor de possíveis danos e abusos nas relações de consumo. Em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), até amanhã, o Procon visitará os principais centros comerciais do DF. Durante a fiscalização serão observadas a certificação do selo de qualidade, a regulação do produto e a recomendação da idade. O intuito é tirar do mercado os produtos que ofereçam risco à integridade física da criança.

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