Cidades

Pró-DF: mais lotes e empregos nas cidades do Distrito Federal

Governo entrega 51 terrenos a micro e pequenos empresários, que deverão investir R$ 26 milhões e criar 600 postos de trabalho nos próximos cinco anos

postado em 08/10/2010 07:47

José Machado diz que o programa garante 5 mil postos de trabalho diretos em cerca de 150 empresas no GamaA Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) do Distrito Federal entregou ontem 51 lotes do Programa de Promoção do Desenvolvimento Econômico, Integrado e Sustentável do DF (Pró-DF) para empresários das cidades de Samambaia, Recanto das Emas, Gama, Santa Maria, Ceilândia e outras regiões. A intenção é que os empreendedores invistam R$ 26 milhões nos próximos cinco anos e criem mais 600 empregos.

A princípio era esperada a ocupação de 40 lotes, mas o número foi ampliado e mais 11 empreendedores receberam a posse das áreas, por meio de indicações. Eles, com outros 20 empreendedores na mesma situação, ainda terão que passar por acompanhamento da secretaria, que avaliará se as metas(1) expostas para a concessão foram cumpridas. Outros 20 empreendedores já estavam nessa situação. Os demais empresários ganharam da pasta os atestados de implantação definitiva. Ele cumpriram todas as exigências durante cinco anos para obterem as facilidades do programa. Com isso, os proprietários receberam do governo a escritura dos terrenos, adquiridos com descontos de até 90%.

É o caso do empresário Juvenal Amaral que recebeu a posse definitiva de um lote na Cidade do Automóvel. ;Eu fiquei mais de quatro anos esperando por esse momento e só consegui agora, já que a secretaria resolveu dar celeridade ao processo;, explicou. A empresa de Juvenal atua no ramo de engenharia e conta hoje com 60 empregados. ;Esperamos criar muito mais postos de trabalho. Agora, com a escritura do terreno em mãos, temos mais segurança e podemos investir bem mais;, avaliou o empresário.

Expectativa
Para o empreendedor José Pimenta Machado, representante no Pró-DF do Gama, a entrega de mais lotes na Área de Desenvolvimento Econômico (ADEs) da cidade é uma reivindicação antiga dos investidores locais. ;Esperamos que na próxima distribuição a gente possa conseguir cerca de 100 lotes. Nosso objetivo é criar de 8 mil a 12 mil empregos diretos, e outros 15 mil indiretos;, afirmou. Hoje, o Pró-DF do Gama emprega 5 mil trabalhadores de forma indireta em aproximadamente 150 empresas regularizadas.

Desde abril, a nova gestão da SDE entregou 97 lotes para o Pró-DF. Em todo o governo passado ; de 2007 até 2009 ; foram distribuídos 562 lotes. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Coelho, uma nova distribuição de áreas está prevista para a primeira quinzena de novembro e deve entregar uma quantia igual ou maior de lotes. ;Enquanto tivermos cartas de empresas aprovadas estaremos fazendo as indicações imediatamente. Nossa intenção é desenvolver esse processo o máximo possível até o fim da gestão;, garantiu o dirigente da pasta.

A vice-governadora do DF, Ivelise Longhi participou da cerimônia da entrega de lotes e reforçou a importância de dar mais autonomia às atividades econômicas das cidades. ;O único pedido que fazemos é que gerem empregos e criem uma cadeia de desenvolvimento para que as novas gerações possam ter condições melhores de vida que muitos não tiveram;, destacou. O presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas do DF, Antônio Eustáquio, também prestigiou a solenidade e considerou a importância dos lotes para o setor. ;Precisamos não só de locação como de incentivos de novas áreas. Desde 2005 buscamos isso e agora ganhamos rapidez. Esperamos que o setor de indústrias gráficas cresça com isso;, considerou.

Funcionamento
Para participar do Pró-DF e ser beneficiado pelos descontos na aquisição dos lotes, os empresários devem apresentar um projeto de viabilidade com as condições necessárias para o funcionamento do negócio. Ao serem aprovados, eles recebem a indicação de área que permite a ocupação do lote por meio de termo de concessão de uso e passam a ser acompanhados pela secretaria por no máximo cinco anos. Nesse período, eles precisam comprovar que estão cumprindo as metas para então receberem os atestados de implantação definitivos

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