Os problemas da segurança pública da região do Entorno não se concentram apenas da porta das delegacias para fora. Eles também desembocam nos presídios públicos. Abarrotas de gente, não oferecem a menor condição de ressocialização daqueles que vivem à margem da sociedade. Mas a situação carcerária pode mudar para duas das 17 regiões que compreendem a chamada Rede Integrada de Desenvolvimento do Entorno (Ride).
Um acordo entre os ministérios da Justiça e Público de Goiás prevê a construção de dois novas casas para abrigar detentos condenados pela Justiça.A construção dos presídios deve começar dentro de cinco meses ; quando o processo de licitação para escolher as empresas que construirão as penitenciárias ; e a previsão é que as obras fiquem prontas em, no máximo, 15 meses. As duas custarão R$ 30 milhões aos cofres públicos.
O mesmo acordo também tem como compromisso reformar algumas cadeias públicas no Entorno. Entres elas, os atuais presídios de Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso em um prazo médio de seis meses. Com repasse da União e a contrapartida de Goiás ; cujos valores não foram informados ; as reformas nas atuais casas de regimes fechado para presos custarão os seguintes valores, respectivamente: R$ 446 mil, R$ 496 mil e 615 mil.
Cada um dos estabelecimento prisionais oferecerá 421 vagas para detentos. Segundo o Ministério Público de Goiás, a oferta superará a demanda na região do Entorno. Hoje, o déficit na Ride é de 616 pedidos de autoridades goianas. Os números da Secretaria de Segurança a carência do sistema carcerário em todo o estado é de 3.818 vagas. O Entorno é o segundo e fica atrás da região metropolitana de Goiânia, que necessita de 1.913 vagas.
O convênio foi assinado ontem pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Abdon Moura, o governador de Goiás, Alcides Rodrigues, pelo procurador do estado, Anderson Máximo, secretária estadual de Segurança Pública, Renata Chein e pelos promotores de Justiça de Novo Gama, Daniel Naiff Fonseca, de Santo Antônio, Marivânia Palmeiras Feres, e de Valparaíso, Walter Tiyozo Otsuka. "A assinatura do documento marca uma importante conquista para a sociedade goiana", disse o promotor de Justiça do estado, Marco Antônio Ferreira.