O horário de verão, que será iniciado no próximo domingo (17/10), divide opiniões entre os brasilienses. José Marcos Dias, 61 anos, é indiferente em relação à mudança. "Sou aposentado e não preciso acordar cedo, mas para que trabalha cedo é horrível."
O aposentado explica que a panificadora Pais & Filhos, localizada próximo a sua casa, em Taguatinga Norte, foi assaltada no ano passado por conta da escuridão. "No horário de verão, quando a padaria abre, ainda é escuro e os ladrões aproveitam. Na parada de ônibus também tem assalto."
No entanto, para Solange Batista, 52, o novo horário faz toda a diferença. "Eu odeio acordar mais cedo e não consigo dormir antes da hora de costume. Acho que a economida de energia não existe, já que de manhã acendemos a luz por conta da escuridão", reclama. Já Welliton Lopes, 33, tem uma boa adaptação. "No início do dia é difícil, mas o fim da tarde compensa. Vale a pena um dia mais longo".
Messias Carvalho, 21, compartilha da opinião. "Sou a favor e acho que o horário deveria ser utilizado sempre, não só neste período do ano". Em sua residência, nem todos têm a mesma visão. "Minha mãe odeia. Na verdade, nunca reparamos a economia dentro de casa, pois só utilizamos luz elétrica depois das 19h", explica.
Mudança
De 17 de outubro deste ano a 20 de fevereiro de 2011, aqueles que moram nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste terão que adiantar o relógio em uma hora. A medida tem como objetivo reduzir os picos de demanda por energia. De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia, a redução média nos últimos anos foi de cerca de 5%.
O adiantamento do horário em uma hora diminui o carregamento nas linhas de transmissão, nas subestações e nos sistemas de distribuição, de forma que o atendimento em épocas de maior consumo ocorra com maior eficiência, evitando sobrecargas.
Com informações da Agência Brasil