postado em 13/10/2010 11:09
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetro-DF) decidiu, durante assembleia no último domingo (10/10), paralisar as atividades da categoria a partir de quinta-feira (14/10). Antes da greve, os metroviários ainda vão se reunir a partir das 20h desta quarta (13/10), na Praça do Relógio. Segundo o coordenador-geral do Sindmetro, Israel Pereira, o objetivo é organizar o movimento e esperar um posicionamento da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF).De acordo com Israel Pereira, a principal reivindicação da categoria é a nomeação dos aprovados no concurso público de 2009, que vence no próximo dia 25. "O nosso principal pedido é visando a manutenção dos serviços para a população. Hoje temos 150 mil usuários e a expectativa do Metrô é de que no próximo ano dobre, com 300 mil usuários. Se não tivermos mais efetivo, haverá uma dificuldade em atender a demanda", explica o coordenador-geral. Além disso, para ele, com um bom quadro funcional, os problemas vão diminuir.
O coordenador do Sindicato também apontou o problema dos serviços terceirizados da empresa. Segundo ele, na opinião do Sindmetro, a direção não nomeou os concursados ainda por causa da terceirização. "No dia 21 de setembro, a Justiça decretou que o Metrô pagasse uma multa de R$ 1 mil por cada terceirizado. Mas eles pretendem pagar a multa e manter os terceirizados", afirma Israel.
Ele explica ainda que na direção do Metrô existe uma média de 300 funcionários terceirizados e 223 concursados trabalhando como os agentes de estação. "Só hoje nós teriamos condições de chamar mais 110 funcionários para exercer o trabalho relativo à diretoria", garante.
Paralisação
Caso não haja acordo, o coordenador Israel Pereira afirma que a categoria irá paralisar as atividades a partir da 0h de quinta-feira (14/10). No entanto, ele garante que será mantido o efetivo de 30% e também a operação de 30% dos trens. "Nosso objetivo é garantir que população não seja totalmente prejudicada", explica.
De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô-DF, a empresa já começou uma análise e tem interesse em atender a categoria. Porém, em função da complexidade da pauta de reinvindicações dos metroviários, o Metrô ainda não pode garantir que irá se posicionar ainda hoje sobre o assunto.