postado em 13/10/2010 17:50
Apesar de mostrar disposição para negociar com o Sindicato dos Metroviários do Distrito Federal (SindiMetrô), em nota, o Metrô-DF considera o movimento "abusivo, inoportuno e descabido". Para a empresa avalia a ameaça de greve "possui caráter político-eleitoral, uma vez que não apresenta qualquer reivindicação salarial". Na noite desta quarta-feira (13/10), a categoria se reúne para organizar a paralisação e definir se vão cruzar os braços a partir de quinta-feira (14) ou na próxima segunda-feira (18). A assembleia está marcada paras às 20h30, na Praça do Relógio, em Taguatinga.
[SAIBAMAIS]De acordo com o diretor de Relações Intersindicais do SindMetrô, Wiliam Santos, os metroviários ainda não foram procurados pelo Metrô. "Por isso, vamos continuar em estado de greve", explica. Segundo a empresa, para minimizar os efeitos de uma eventual paralisação, haverá reforço no transporte rodoviário.
Além disso, disseram na nota que apenas hoje receberam comunicado oficial sobre a paralisação, o que fere a Lei da Greve, que delimita prazo mínimo de 72h para interrupção dos serviços. Ao final, afirma que "o Metrô e o Governo do Distrito Federal buscarão, na Justiça Trabalhista, meios legais para inibir o movimento.
Reivindicações
De acordo como o coordenador-geral do Sindmetro, Israel Pereira, a principal reivindicação da categoria é a nomeação dos aprovados no concurso público de 2009, que vence no próximo dia 25. "O nosso principal pedido é visando a manutenção dos serviços para a população. Hoje temos 150 mil usuários e a expectativa do Metrô-DF é de que no próximo ano dobre, com 300 mil usuários. Se não tivermos mais efetivo, haverá uma dificuldade em atender a demanda", explica o coordenador-geral.
Ele também apontou o problema dos serviços terceirizados da empresa. Segundo ele, na opinião do Sindmetro, a direção não nomeou os concursados ainda por causa da terceirização. "No dia 21 de setembro, a Justiça decretou que o Metrô pagasse uma multa de R$ 1 mil por cada terceirizado. Mas eles pretendem pagar a multa e manter os terceirizados", afirma Israel.