Cidades

Polícia prende quadrilha especializada em falsificação de documentos

postado em 18/10/2010 16:35

Uma quadrilha de 11 estelionatários acabou presa na manhã desta segunda-feira (18/10) depois de aplicar golpes em bancos e no comércio do Distrito Federal. Eles também são acusados de lesar, pelo menos, três estados do país.

Ao contrário do que costuma ocorrer em outras organizações criminosas, quem liderava o bando era uma mulher. Tatiane Alves do Rego, 33 anos, indicava os estabelecimentos onde os comparsas abririam contas e crédito pessoal usando nomes e documentos falsos.

Em troca, recebia uma porcentagem que podia chegar a 40% de tudo o que fora adquirido com o esquema fraudulento. Integravam a rede criminosa comandada por Tatiane a mãe dela, Sueli Alves do Rego, 52, e o irmão Gleyton Alves do Rego, 31.

Mas a peça fundamental no crime trabalhava no comércio. Luciana Montenegro Mendes de Jesus, 25, colhia as informações de clientes e repassava à chefona. Tatiane, por sua vez, usavas os dados pessoais verdadeiros em documentos falsos confeccionados na casa dela ; na Colônia Agrícola Samambaia.

Falsificações
De lá, saiam identidades, CPFs, contracheques. A documentação era utilizada para abrir contas em banco, pegar cartões de crédito e limite.

Geralmente, cada benefício adquirido pelo "cliente" girava em torno de R$ 4 mil. "Apreendemos sete carros que foram comprados com dinheiro advindo do golpe", disse a delegada-chefe da Delegacia de Falsificações e Defraudações (DEF), Ivone Casimiro Rossetto, responsável pela operação que interrompeu ação dos criminosos que já durava dois anos.

Até uma carteirinha da Universidade de Brasília foi encontrada entre os objetos apreendidos com o suspeitos. O documento tinha a foto de outra comparsa do bando: Michele Couto e Silva, 32.

Na identificação estudantil, Michele cursava letras no período noturno, mesmo sem lá por os pés. A fraude, provavelmente, seria usada para ela obter descontos em cinema e entrada para show, teatro.

Mais integrantes

A quadriha também contavam com a participação de Fernanda José de Oliveira, 31, Priscila Oliveira Barros, 29, Adriano de Oliveira Brito, 29, Ana Cleudes Silva, 42, Antônio Carlos Rabelo Júneiro, 43, e Divaldo de Souza Matutino Júnior, 25. Todos os 11 responderão por estelionato e formação de quadrilha.

Somadas as penas as quais estão sujeitos, podem pegar até oito anos de prisão. "Estimamos que cada um dos bandidos recebia em torno de R$ 20 mil por mês. A polícia não descarta a possível participação de funcionários de banco no crime. "Por enquanto, não temos nomes", limitou-se a delegada.

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