postado em 20/10/2010 13:54
A Operação Anjos e Demônios da Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil prendeu, nesta manhã de quarta-feira (20/10), seis pessoas envolvidas com clonagem de cartões e venda de medicamentos abortivos. De acordo com o delegado-adjunto da Decon, Virgilio Aguinaldo Ozelami, além da prisões, foram apreendidos cartões clonados e furtados, máquinas chupa-cabra, R$ 20 mil, em espécie, e 20 cartuchos de pistola .40.As prisões aconteceram em cinco residências localizadas em Águas Claras, Ceilândia, Guará e Gama, e em três bancas da Feira dos Importados. "Foram expedidos seis mandados de prisão e todos foram cumpridos. Os envolvidos foram localizados primeiro em suas casas e os objetos apreendidos nas bancas da feira", explica Virgilio.
Segundo o delegado, as investigações tiveram início há mais ou menos 60 dias, após uma denúncia de comércio ilegal de medicamento na Feira dos Importados. A denúncia era de venda de produtos abortivos. Depois dessa denúncia, a polícia conseguiu chegar até a clonagem de cartões de crédito.
Nesta manhã, a delegacia prendeu Francisco Everton Ribeiro Ferreira, vulgo Peteca, 36 anos, e Veimar Nunes Cardoso, 36. De acordo com o delegado Virgilio, os dois eram suspeitos de comandar a equipe. Peteca tinha uma empresa com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), a Francisco Faustino Farias ME, onde os envolvidos conseguiam falsificar documentos, efetuavam os saques dos cartões e faziam a captação do dinheiro. Já Veimar, era responsável pela receptação dos cartões, fornecia, falsificava e furtava.
O delegado Virgilio Aguinaldo explica que a primeira suspeita caiu sobre Francisco Ferreira. Além do CNPJ, o suspeito possui uma barraca na Feira dos Importados. "Ele tem uma barraca que vende camisetas. Só que não é visto movimento e nem circulação de produto, o que nos fez ficar intrigados e começamos a investigar. Levantamos a suspeita porque o valor do aluguel é alto e não tinha quase nenhum movimento", afirma.
Além dos dois principais, a Decon também prendeu outros quatros envolvidos: João Vicente Chaves, 23, Gilmar Pinto de Carvalho, 30, Paulo Henrique Ferreira e Bruno Eduardo Alburquerque, idades não reveladas. Grande parte dos presos já tinha passagens na polícia pelos crimes de roubo, homicídio e estelionado.
Os seis vão responder por vários crimes: formação de quadrilha, com pena prevista de um a três ano de reclusão; estelionato, com pena de um a cinco anos; furto mediante fraude, com pena de dois a oito anos; e falsificação de documento, com pena de dois a seis meses. Além desses crimes, Peteca também irá responder por posse irregular de munição de uso restrito, com pena previstas de três a seis anos de prisão.