Jornal Correio Braziliense

Cidades

GDF compra material hospitalar sem licitação para combater bactéria KPC

A secretária de Saúde do Distrito Federal, Fabíola Aguiar, disse nesta quinta-feira (21/10) que o material médico-hospitalar necessário para para conter o avanço da bactéria KPC, em falta nos hospitais da capital, deve estar disponível amanhã (22). Sem licitação, o governo do DF fez uma compra emergencial de cerca de 100 itens considerados essenciais.

;Dada a necessidade de intensificar as ações de combate ao KPC fizemos uma lista com o que é mais essencial. Essa é a primeira vez que somos obrigados a fazer uma compra emergencial;, disse a secretária.

O governo do DF informou que o surto da bactéria fez com que os estoques de materiais descartáveis e de higiene acabassem nos hospitais. Por isso, o Ministério Público autorizou a compra sem licitação, a um custo de R$ 10 milhões.

A secretária estava concedendo uma entrevista coletiva para falar do assunto quando recebeu a decisão judicial que proibiu o Hospital Regional de Santa Maria (cidade-satélite a 25 quilômetros de Brasília) de interromper os serviços nas unidades de tratamento intensivo (UTI). O hospital tem uma gestão terceirizada, sob responsabilidade da Real Sociedade Espanhola de Beneficência. Nesta quinta-feira (21), a entidade passou a não aceitar novos pacientes graves. A UTI do hospital tem 70 leitos e abriga 12 pessoas contaminados pela a bactéria KPC.

A Real Sociedade Espanhola acusa o governo do DF de atrasar pagamentos e, com isso, prejudicar o atendimento dos pacientes, além de aumentar o risco de infecções hospitalares. De acordo com a decisão da juíza da 8; Vara de Fazenda Pública do DF, Gislaine Carneiro Santos Reis, caso hospital não obedeça a determinação estará sujeito a multa diária de R$ 100 mil. A secretária Fabíola Aguiar garantiu que não há atraso nos pagamentos.