Cidades

Soldado e comparsa são presos por furtar fuzil do Exército

postado em 27/10/2010 10:00
Um soldado do Exército foi preso na noite de terça-feira (26/10) acusado de furtar um fuzil do 32; Grupamento de Artilharia de Campanha (GAC), no Setor Militar Urbano (SMU). Fagner Silva Souza teria pego a arma, um fuzil IMBEL, modelo M964, calibre 7,62 do próprio batalhão. O serviço de inteligência do Exército deu falta no mesmo dia e, ao identificar o autor do crime, prendeu-o de imediato. A Polícia Civil foi solicitada para auxiliar nas investigações.

Além de Fagner, um comparsa identificado como Cristiano Pereira da Silva, 23 anos, foi preso por ter participado do furto. De acordo com o delegado-chefe do Departamento de Repressão a Roubo (DRR), Érito Cunha, o soldado escondeu a arma do lado de fora do batalhão e, posteriormente, ligou e avisou o amigo do local exato em que a arma estava escondida para que ele pudesse buscar.

Depois de preso, Fagner confessou o crime e declarou que a esposa está grávida e que vender a arma seria uma forma fácil de conseguir dinheiro. Agora ele aguarda pelo fim das investigações internas do Exército e responderá por crime militar. A pena pode chegar a até três anos de prisão.

O fuzil só foi recuperado depois que o soldado informou o endereço da casa de Cristiano aos policiais. Em uma ação imediata, o comparsa foi localizado na QI 26 do Residencial Negueiros, no Novo Gama e, ao ser abordado pelos agentes no início da noite, disse que não tinha conhecimento do fuzil. A Polícia Civil então fez uma revista na casa e encontrou uma pistola calibre .380 que, após uma pesquisa pelo número de identificação, soube-se que havia sido roubada de um policial militar morador do Gama. Também foram encontrados um carregador municiado com dez cartuchos intactos, uma máquina fotográfica, um celular, um computador e jóias femininas roubadas. O comparsa então confessou ter participado do furto e levou os policiais até o Jardim Ingá, onde o fuzil estava escondido em uma casa abandonada.

Cristiano não pode ser preso em flagrante devido ao tempo decorrido desde o crime, mas está detido e responderá por posse de arma de fogo de calibre permitido, posse de arma de fogo de calibre proibido, receptação e uso de documento falsificado. "Como se não bastasse, ele se identificou e mostrou um RG falso. Em uma busca feita no sistema, percebemos que o número daquele RG pertencia a Elizabeth Montalvão da Pena. Além do crime militar, responderá por todos os outros citados e deve pegar de 7 a 19 anos de reclusão", informou o delegado.

Érito Cunha explicou ainda a importância da apreensão. "Uma arma dessas é utilizada em guerras. Aqui no Brasil, apesar de ser de uso apenas do Exército, é vista com criminosos nos morros do Rio de Janeiro. O poder ofensivo é enorme, e pode furar até mesmo o bloco do motor de um carro. Tirá-la de circulação é muito importante", diz. O fuzil, de acordo com o delegado, vale mais de R$ 10 mil e ainda não tinha destino certo.

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