postado em 09/11/2010 08:19
Do início de novembro até ontem, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia registrado 107mm de chuvas em Brasília. O último domingo bateu o recorde deste mês, com 44mm . As tempestades causaram estragos diversos nas áreas mais críticas da capital. As ventanias do fim de semana destelharam casas do assentamento da Quadra 11 do Varjão. Uma enxurrada surpreendeu os moradores do Condomínio Privê, em Ceilândia, e encheu as vias da região de lama. Trechos da Rua 8 da Vila São José, em Vicente Pires, correm risco de desabar.Os três pontos fazem parte das 26 áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil, que determinou os locais de maior risco. A erosão do Condomínio Privê, por exemplo, tem 180 metros de comprimento. Nas partes mais largas, a distância de uma margem à outra chega a 11m e, alguns trechos, têm profundidade de 8m. A comerciante Laura Soares, 30 anos, mora na Rua 13, ao lado da cratera que, segundo ela, parece aumentar. ;Tenho medo de que o buraco chegue mais perto e comprometa a nossa moradia. Algumas casas começaram a rachar;, conta. Há menos de uma semana, choveu forte na região. ;A água desceu por toda a via. Parecia uma cachoeira. Quando acabou, a rua estava cheia de lama até a altura do meio-fio.;
Intransitáveis
As pistas da Vila São José ficaram quase intransitáveis. Os buracos consumiram grande parte da Rua 8, via no topo do desfiladeiro que desce até o Córrego Samambaia. Parte da calçada também cedeu e as águas correm a céu aberto pela rede de captação pluvial. Uma placa com a inscrição ;Perigo; alerta os moradores para que evitem transitar pelo local. ;Dependendo da intensidade da chuva, parte da encosta desmorona. Os funcionários da administração vêm aqui e fazem um aterro, mas nem sempre adianta;, explica o pedreiro João Célio Almeida, 33 anos, morador da área.
Os telhados de alguns dos barracos do assentamento do Varjão voaram com as últimas tempestades. A recicladora Maria do Espírito Santo de Sousa, 44 anos, conta que a casa onde mora sofreu com o problema. ;Isso não tem como evitar. Mas, quando chove, recolho as crianças para dentro de casa. O risco de desabamento dos buracos é grande;, teme. O principal agravante do local é a proliferação de doenças. ;Lá, o esgoto se mistura à água da chuva;, justifica o major Alexandre Ataídes, supervisor de serviços do órgão. ;Os perigos de curto-circuito e incêndios em decorrência do alto número de gambiarras é grande;, acrescenta.
PREVINA-SE
Em caso de ameaças das chuvas, informe-se ou peça ajuda pelos telefones:
Corpo de Bombeiros ; 193
Defesa Civil ; 3901-5816 / 9224-0640
Novacap (poda de árvores) ; 156