Cidades

Secretária de Saúde segue no cargo e indica nome de interventor para HRSM

postado em 10/11/2010 19:58

Segundo Fabíola, um grupo da Secretaria de Saúde vai gerir o HRSMCotada para ser a interventora do governo do DF no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), a secretária de Saúde, Fabíola Aguiar, preferiu indicar para a missão o nome de Cláudio Bernardo Pedrosa de Freitas, atual diretor do Hospital de Samambaia, e professor de Ginecologia e Obstetrícia na Universidade de Brasília (UnB). Com a decisão, ela continua à frente da pasta.

Mais cedo, o GDF chegou a informar que Fabíola deixaria o cargo para gerir o HRSM. Hebert Teixeira Cavalcanti, da Secretaria Extraordinária de Infraestrutura e Logística de Saúde, assumiria seu lugar. Mas, em coletiva na noite desta quarta-feira (10/11), Fabíola argumentou que está fora dos hospitais há mais de 20 anos. "Queremos uma pessoa com experiência recente em hospital", explicou.

Segundo Fabíola, Cláudio Bernardo vai coordenar um grupo formado por oito pessoas da Secretaria de Saúde, que vai levantar como era o funcionamento do hospital, gerido pela Real Sociedade Espanhola Beneficência. "São eles (os servidores do GDF) que vão gerir. Os funcionários atuais continuam até o termino do contrato (21 de janeiro de 2011), quando devem entrar os concursados", disse a secretária. Faz parte da equipe de intervenção Ivan Castelli, nome indicado pelo governador eleito, Agnelo Queiroz.

A intervenção, segundo a secretária, tem três principais objetivos. "Queremos que o hospital funcione sem prejudicar a população, dar oportunidade para transformar os funcionários em servidores públicos e evitar que o GDF saia prejudicado financeiramente, ou seja, garantir que o patrimônio do governo não seja lesado", disse.

O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, anunciou na manhã desta quarta-feira um decreto de intervenção imediata no HRSM. Inaugurada oficialmente em 30 de abril de 2008, a unidade de saúde demorou mais de um ano para funcionar realmente. Desde o início, a gestão sempre esteve a cargo da Real Sociedade Espanhola Beneficência.

"A partir de amanhã (quinta-feira), a Real só tem uma função: prestar contas par o GDF", afirmou a secretária de Saúde. O interventor pretende fazer um trabalho rápido: "Quanto mais curta, melhor a transição", definiu Cláudio Bernardo.

Briga na Justiça

No entanto, a Real Sociedade Espanhola de Beneficência informou em nota que, até o fim desta tarde, não havia recebido nenhum decreto oficial de Rosso referente à intervenção. Segundo o comunicado, o superintendente executivo do HRSM, Evandro Oliveira da Silva, não se pronunciará até a chegada do documento expedido pelo GDF.

Ainda de acordo com a nota, a administração do hospital acatará o pedido de intervenção, assim que for legalmente notificada. Mas destaca que, após o recebimento do decreto, A Real Sociedade Espanhola tomará providências legais para retomar o contrato.

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