postado em 12/11/2010 12:27
Cerca de 1,8 mil funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) se reuniram, nesta manhã de sexta-feira (12/11), em uma assembleia permanente. Atualmente, a Novacap conta com 2,2 mil funcionários, que estão em greve desde o último dia 3. Nesta sexta, eles participam, às 14h, de uma nova rodada de negociações com coordenador de assuntos sindicais do Governo do Distrito Federal, Ilair Antônio Tumelero.O objetivo é confrontar as contas do sindicato. De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados de Administração Funcional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedade de Economia do Distrito Federal (Sindser-DF), Evandro Machado, o fato de as contas estarem corretas não garante que o governo irá aceitar a proposta da categoria, mas pode abrir um caminho mais sensível ao reajuste salarial de 17,82%.
Evandro negou que o reajuste tenha um impacto de 70% imediatamente sobre a folha de pagamento da Novacap, como foi informado pelo coordenador Ilair Tumelero. Segundo ele, o impacto só poderá acontecer em um ano ou um ano e meio. Para o vice-presidente, o salário da categoria está muito defasado.
O vice-presidente do Sindser disse, também, que o governador do DF, Rogério Rosso, estaria esperando para fazer uma consulta com o Agnelo Queiroz (PT), governador eleito, antes de tomar qualquer decisão. No entanto, a assessoria de imprensa do Rosso, negou e afirmou que não há nada previsto nesse sentido.
Paralisação
Os funcionários suspenderam no último dia 3 todos os serviços por tempo indeterminado. Estão paralisados os trabalhos de recuperação do asfalto, corte de árvores, limpeza de bocas de lobo, manutenção de áreas verdes e fiscalização de obras. Segundo Evandro Machado, até a obra do Mané Garrincha pode ficar paralisada.
Eles exigem reajuste de 17% dos salários, mas o governo já descartou essa proposta e ofereceu uma contra proposta de reajuste pelo INPC ; 5,39% ; e um repasse que varia entre R$ 200 e R$ 600.