Depois da constatação das mortes de 11 recém-nascidos infecctados por bactérias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, outro problema preocupa o Hospital Regional da Asa Sul (Hras). Desta vez, são os futuros bebês de 38 mulheres com gravidez de risco internadas no local. A preocupação acontece porque eles podem precisar de internação na UTI, que está restrita desde a disseminação das bactérias na unidade de saúde.
Apesar disso, o diretor geral do Hras, Alberto Henrique Barbosa, garantiu que as mulheres vão continuar internadas. Ele disse também que se tiver alguma situação os bebês vão nascer no HRAS e serão encaminhados a UTI neonatal. Atualmente, 30 recém-nascidos estão internados na UTI e seis, isolados com diagnóstico de infecção das bactérias Klebsiella e Serratia confirmado.
Além disso, o atendimento no hospital continua restrito aos casos mais graves, como de grávidas com menos de 30 semanas de gestão, quando há maior perigo aos bebês. Só será normalizado quando o controle de infecção hospitalar do Hras constatar que houve diminuição nos níveis de contágio. Segundo Alberto, já foram tomadas medidas para conter a contaminação.
Investigação[SAIBAMAIS]
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deve começar investigar, nesta terça-feira (16/11), as mortes dos recém-nascidos. Assim que o surto foi divulgado, na última sexta-feira (12/11), o promotor Jairo Bisol, titular da Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos da Saúde (Prosus), começou a reunir informações sobre os casos.
Relembre
Entre outubro e novembro deste ano, 11 bebês recém-nascidos morreram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Regional da Asa Sul (Hras). Cinco óbitos ocorreram no primeiro mês, e as outras seis em novembro. Os bebês moreram após contaminação por duas bactérias: Klebsiella e Serratia.