Renato Alves
postado em 16/11/2010 14:28
O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Pedro Cardoso, acaba de embarcar para Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, na companhia de outro delegado e de dois agentes. Eles irão ao encontro do homem preso sob acusação de assassinar o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, 69, e a empregada Francisca Nascimento da Silva, 58, em 28 de agosto de 2009.
Os policiais que embarcaram há pouco no bimotor da corporação brasiliense querem saber detalhes do interrogatório tomado por colegas da 8; Delegacia de Polícia (SIA), que prenderam o homem ontem, em Montalvânia (MG), distante 339km de Montes Claros, que fica a 559km de Brasília.
O homem identificado como Leonardo Campos Alves trabalhou durante 15 anos como zelador do Bloco C da 113 Sul, cenário do triplo assassinato. Acabou demitido do emprego há dois anos. Moradores do prédio contam que ele mudou-se para Minas Gerais, que seria sua terra natal.
Confissão e joias
Leonardo teria confessado a participação direta na execução das três vítimas. Haveria dito ainda que teve a ajuda da mulher. Mas ainda não está claro se o crime foi encomendado ou se trata de um latrocínio (roubo com morte) clássico.
As primeiras informações de fontes da Polícia Civil do DF dão conta de que as joias levadas do apartamento dos Villela estariam em Montes Claros, por isso o acusado não foi trazido direto para Brasília.
Ninguém também informou o motivo de homens da 8;DP terem feito a preisão e colhido o depoimento, já que o caso está com a Coordenação de Investigações dos Crimes Contra a Vida (Corvida) desde dezembro.
Supostas provas
Os agentes da 8; DP teriam chegado a Leonardo após um dos três filhos dele, preso no Complexo Penitenciário da Papuda, ter contado a colegas de cela sobre a participação do pai no assassinato dos Villela e da empregada.
Em depoimento à 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) ; quando o caso ainda estava com esta unidade ; outra empregada dos Villela contou ter visto Leonardo circulando pelo prédio das vítimas na noite do crime.
Delegada exonerada
A delegada Martha Vargas, chefe da 1; DP acabou exonerada em 29 de abril. A decisão ocorreu após um laudo do Instituto de Criminalística apontar que uma chave da casa de José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela, encontrada em uma casa de Vicentes Pires, era a mesma que estava no local do crime no dia em que os corpos dos advogados e da empregada, Francisca Nascimento da Silva, foram encontrados.
Martha Vargas estava à frente das investigações na época em que a chave foi apresentada como prova do crime (6 de novembro). O objeto foi usado para incriminar três suspeitos: Cláudio José de Azevedo Brandão, 38 anos, Alex Peterson Soares, 23, e Rami Jalau Kaloult, 28. Eles, no entanto, foram soltos por falta de provas.
Aguardem mais informações