O Ministério Público pediu o afastamento de todos os integrantes da 8; Delegacia de Polícia (SIA) das investigações sobre o crime da 113 Sul e a entrega imediata do preso aos cuidados da Coordenação de Crimes contra a Vida (Corvida). O requerimento foi entregue ao juiz do Tribunal do Júri, Fábio Esteves.
Para o promotor de Justiça do Tribunal do Júri, Maurício Miranda, a ingerência da 8; DP no caso é, no mínimo, estranha. "Todos sabem da relação da doutora Deborah Menezes (titular da delegacia) com a doutora Martha Vargas (ex-chefe da 1; DP da Asa Sul). Isso no Judiciário gera suspeição e imagino que no âmbito da polícia ocorra o mesmo", afirmou.
Miranda também refutou os argumentos da delegada ; ela disse que não o localizou e, por isso, entregou diretamente ao juiz o pedido de prisão do suspeito. "Isso não é verdade porque a decisão do juiz é de 29 de outubro e a prisão de deu somente no dia 15. Eles tiveram tempo de sobra, mas só fizeram contato com o MP ontem (terça-feira), em função do novo pedido de prisão", assegurou Miranda.
Segundo ele, a atitude da 8; DP foge aos ritos do Judiciário, uma vez que o pedido de prisão deve ser, primeiro, analisado pelo MP e depois pelo juiz (ainda que a decisão do magistrado não esteja condicionada ao parecer do MP).