Cidades

Caso 113 Sul: depoimento do comparsa do ex-porteiro chega à 8ª DP

postado em 18/11/2010 18:15

Paulo Santana, sobrinho e comparsa do ex-porteiro Leonardo Campos Alves: detalhes sobre o crime da 113 SulO depoimento de Paulo Cardoso Santana, sobrinho e comparsa do ex-porteiro Leonardo Campos Alves, chegou nesta quinta-feira (18/11) à 8; Delegacia de Polícia (SIA). Paulo está preso em Montalvânia (MG) e prestou depoimento na cidade mineira.

Paulo disse à polícia que ele e Leonardo chegaram a Brasília na manhã de 28 de agosto, data do crime, e ficaram em uma pracinha perto da 113 Sul até as 19h. Logo depois, Paulo passou por trás do prédio do casal Villela, dirigiu-se até o portão de serviço, que estava apenas encostado, entrou e acionou o elevador com o cotovelo.

Segundo o depoimento, sempre que precisavam tocar alguma coisa, os criminosos não usavam diretamente as mãos. Assim que acionou o elevador, Leonardo também entrou no prédio e os dois subiram até o quinto andar. Depois, caminharam até o sexto andar de escada. No local, ficaram escondidos e esperaram José Guilherme Villela chegar do trabalho.

Primeira vítima

Paulo contou que, com a cabeça coberta até a altura dos olhos, com uma espécie de touca improvisada, a dupla começou a agir. Assim que o advogado chegou e abriu a porta da cozinha, Paulo lhe deu um empurrão forte. José Guilherme caiu no chão e desmaiou.

Nesse momento, ambos foram verificar se ele estava morto e começaram a esfaqueá-lo. Paulo não soube precisar no depoimento a quantidade de perfurações, mas afirmou que foram muitas.

Leonardo e Paulo puxaram o corpo da vítima para o lado, com a intenção de desobstruir a entrada da porta. Em seguida, Maria Carvalho Mendes Villela chegou ao apartamento.

Segunda vítima

Ao abrir a porta principal, a advogada percebeu que era um assalto e ofereceu R$ 500 para os homens. A dupla achou pouco e a esfaqueou uma vez. Ferida, Maria Villela mostrou onde estavam as joias e o dinheiro, em dólar.

Após obter a informação, Paulo e Leonardo continuaram a desferir facadas na advogada até a morte. Quando iam embora, a empregada Francisca Nascimento da Silva chegou.

Terceira vítima

Francisca seguiu em direção ao alarme de segurança, mas, antes que pudesse alcançá-lo, Paulo mandou que deitasse no chão. Em seguida, ele e Leonardo a esfaquearam também.

Leonardo pegou as chaves da empregada, os dois saíram do apartamento e trancaram a porta. Pegaram um ônibus para o Rodoferroviária de Brasília e, por volta das 22h, entraram em um ônibus em direção a Santa Maria da Vitória (BA).

O percurso

A dupla chegou à cidade baiana às 11h do dia seguinte. Depois foi para Cocos, também na Bahia. Eles entraram em uma lotação clandestina e chegaram a Pitarana (MG). Em seguida, conseguiram carona com um pastor, em um Fiat Uno, até Montalvânia (MG). Só então se separaram.

Dias depois, Paulo procurou Leonardo e perguntou sobre as joias e o dinheiro. O ex-porteiro liberou certas quantias aos poucos para o sobrinho. No montante final, Paulo recebeu aproximadamente R$ 20 mil.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação