Cidades

Delegado questiona depoimento de Paulo Cardoso, comparsa de Leonardo Alves

postado em 20/11/2010 08:00
Montalvânia (MG) ; O depoimento de Paulo Cardoso Santana, 23 anos, o Paulinho, apontado como comparsa do ex-porteiro Leonardo Campos Alves, 44, no triplo homicídio da 113 Sul é questionado pelo delegado Renato Nunes Henriques, da Comarca de Montalvânia (norte de Minas), onde Paulo está preso. Para o delegado, o jovem mentiu no depoimento que prestou ao delegado José Roberto Batista, da 8; DP (SIA) de Brasília.

Paulo está preso preventivamente em Montalvânia desde 14 de julho passado, depois de cometer um latrocínio na cidade com outros dois rapazes. No depoimento que prestou ao delegado José Roberto, na última terça-feira, ele teria confirmado que participou do crime ocorrido na 113 Sul, em 28 de agosto de 2009, quando foram mortos a facadas o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, 73 anos, a mulher dele, Maria Carvalho Villela, 69, a empregada da família Francisca Nascimento da Silva, 58.

Armas de fogo
O delegado de Montalvânia lembra que, embora tenha
revelado muitos detalhes, Paulo Santana acabou levantando vários questionamentos em relação à dinâmica do crime. ;Se a intenção era roubar, por que os autores usaram facas em vez de armas de fogo?;, observa Renato Nunes. Quanto a isso, o comparsa do ex-porteiro alegou que a preocupação era ;não fazer barulho;. Por outro lado, o delegado salientou: ;Mas se eles iriam somente roubar, então não precisariam atirar;.

Segundo Nunes, há outras lacunas a serem explicadas. Por exemplo, como os autores entraram no prédio e no apartamento sem serem vistos, sendo que Leonardo já era conhecido dos moradores? ;Para mim, o Paulo mentiu no depoimento;, acredita o delegado.

A delegada Mabel de Faria, da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida), presidente do inquérito do triplo homicídio da 113 Sul, deve seguir hoje para Montalvânia, a fim de ouvir o depoimento do comparsa do ex-porteiro. Ela também levantou dúvidas sobre o que Paulo teria dito à equipe da 8; DP. ;Vamos inquiri-lo para que ele fale espontaneamente. Vamos verificar se a versão dele tem respaldo com a verdade;, disse a delegada.( LR)

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