Cidades

PCDF adota o silêncio sobre o crime da 113 Sul após impasse entre delegadas

Adriana Bernardes
postado em 20/11/2010 22:25

Após desentendimentos internos na Polícia Civil do Distrito Federal entre as delegadas Deborah Menezes, da 8; DP e Mabel de Faria, da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida), na última sexta-feira, o sábado (20/11) foi de silêncio a respeito das investigações do triplo assassinato da 113 Sul.

De acordo com a Polícia Civil, Mabel deve chegar a Montalvânia (MG) ainda hoje (20/11) para ouvir Paulo Santana, sobrinho de Leonardo Campos Alves, ambos acusados dos assassinatos.

O comando da Polícia Civil e membros da Corvida passaram a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado reunidos a portas fechadas. O delegado Luiz Julião Ribeiro ouviu das 14h até o fim da noite de sexta-feira, o ex-porteiro Leonardo.

Já no início da madrugada de ontem, Dantas da Conceição Alves, filho de Leonardo, chegou algemado ao Departamento de Polícia Especializada (DPE). Ele estava em um carro da Corvida e foi acompanhado por um agente.

O diretor adjunto da Polícia Civil, Adval Cardoso, foi o primeiro a sair da reunião e confirmou que a corregedoria da coorporação irá atuar no sentido de verificar qualquer transgressão envolvendo servidores, entretanto, alegou que ainda não há nada formalizado.

Ele disse que não serão descartados depoimentos e informações colhidas pela 8; DP. "Roupa suja se lava em casa. As divergências já foram sanadas. Nada será descartado. Não foi impasse o que houve entre a Corvida e a 8; DP. Não foi feito nada de ilegal. O ideal era que a delegacia repassasse as informações, mas isso não é uma obrigação", disse.

Segundo Adval, o foco da polícia agora está na elucidação do caso. "Já estamos bem próximos", disse. A delegada Débora Menezes não participou da reunião.

O diretor da Polícia Civil, Pedro Cardoso foi o segundo a deixar o encontro. Ele disse que não acompanhará a delegada Mabel até Montalvânia.

"É por isso mesmo que ela (Mabel) está ouvindo algumas pessoas, para montar um questionário. O que nós temos agora é cautela e fazer a convergência das informações que chegaram da 8; DP para a Corvida. Quem investiga não pode excluir", disse Cardoso.

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