Estatísticas da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) apontam que, de janeiro até outubro de 2010, de 1.003 crianças e adolescentes desaparecidos no Distrito Federal, 984 foram encontrados. Esses números serão divulgados na Oficina Tecnológica de Crianças Desaparecidas, que ocorre na próxima quinta-feira (25/11).
Dos casos solucionados neste ano, 75% foram em até sete dias após o desaparecimento. No relatório não há uma idade estipulada, mas a maioria dos jovens tem mais de 13 anos.
Segundo o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedest), Carlos Carvalho, a maioria das ocorrências envolve a classe média. A Sedest é a única representante brasileira na Rede Global de Crianças Desaparecidas (GMCN).
Motivos dos desaparecimentos
"O motivos principal é fuga do lar. Nisso se encaixam vários casos, como desentendimento familiar, adolescentes que fogem com seus parceiros ou até mesmo por aventura", explicou Carlos Carvalho. Fuga do lar aparece com 41% dos motivos dos desaparecimentos. Logo abaixo, surge festa com amigos (25%) e, com a mesma porcentagem, jovens que se perderam.
Consta ainda no relatório que 62% das crianças e adolescentes são do sexo feminino e 38% masculino. A cidade com maior incidência de desaparecimentos é Ceilândia, seguida de Samambaia e Taguatinga. Hoje existem ainda 19 crianças e adolescentes desaparecidos.
Os debates da Oficina Tecnológica de Crianças Desaparecidas serão realizados no salão Los Angeles do Naoum Plaza Hotel, localizado no Setor Hoteleiro Sul (SHS), quadra 5, das 9h30 às 17h30 de quinta-feira. Vários representantes de organizações brasileiras e internacionais estarão presentes, com o objetivo de discutir os desafios em torno da questão das crianças desaparecidas e raptadas no país, além das possibilidades de colaboração.