Apesar dos órgãos fiscalizadores do Distrito Federal terem conhecimento de invasões no Núcleo Rural Canegae, entre o Núcleo Bandeirante e o Riacho Fundo I, nenhum providência é tomada. Cerca de 25 chácaras foram dividias em lotes para a construção ilegal de casas.
A Administração Regional do Riacho Fundo I afirmou ter conhecimento da situação e que a Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) já foi contatada para tomar providências. A mesma resposta deu a assessoria de imprensa da Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa), segundo a qual a derrubada das casas é a providência mais cabível. No entanto, o órgão também aguarda uma decisão da Agefis para que uma força tarefa seja montada.
A assessoria de imprensa da Agefis informou que diversas notificações já foram feitas aos invasores nesse ano, mas que dez das chácaras entraram com recurso e, por isso, precisa aguardar o julgamento para tomar qualquer atitude. Mesmo assim, as outras construções que já receberam notificações e cujos donos não entraram com recurso podem ser demolidas a qualquer momento.
Bem próximo dali, ao lado do Pró-DF do Riacho Fundo, catadores de lixo também ocupam ilegalmente uma área verde que é pública. De acordo com o Administrador do Núcleo Bandeirante, Hamilton Caetano de Brito, a administração está ciente da ocupação. "Eles ocupavam uma área da CEB, depois foram transferidos para o local em que hoje está em construção uma Unidade de Pronto Atendimento". Após o início da obra, eles foram transferidos para essa área verde", explica.
Segundo informa o administrador, o grupo foi mandado para lá por que precisava de um local para separar os materiais recicláveis que recolhem na cidade mas, em princípio, a autorização era para que eles apenas trabalhassem na área, e não montassem barracos. "Demos autorização para que apenas uma pessoa dormisse no local, para cuidar dos cavalos. Mas eles abusaram e montaram alguns barracos, e quem passa pelo local acha que aquilo é uma invasão", frisa. Um agente da administração foi até a área hoje para notificar os catadores e pedir que eles desmontem os barracos. Se o pedido não for atendido, a administração também vai entrar em contato com a Agefis.