postado em 01/12/2010 12:14
A greve dos funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), que já dura dez dias, continua nesta quarta-feira (1;/12). De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados de Administração Funcional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedade de Economia do Distrito Federal (Sindser-DF), Evandro Machado, não houve negociações entre a empresa e a categoria.Durante assembleia, nesta manhã, foi decidido que a paralisação permaneceria. Segundo Machado, hoje haverá uma audiência de conciliação, às 14h30, no Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal (TRT-DF) . Amanhã, o sindicato promove outra assembleia, em que os funcionários vão decidir se voltam às atividades.
Para o vice-presidente, esta é a maior greve dos últimos 12 anos. "Todos os serviços, exceto os emergenciais, estão parados. 90% da classe aderiu à greve". Em média, a Novacap faz 250 operações tapa-buracos por dia, durante o período de seca. "No período de chuvas isso aumenta consideravelmente", completa.
A população também fica prejuticada sem o serviço de desobstrução, que limpa cerca de 50 bocas de lobo por dia, também no período de estiagem - durante as chuvas o número chega a crescer 20%. Além disso, não há manutenção de gramados e canteiros.
A reivindicação da categoria é reajuste de 17,5% na folha de pagamento da Novacap, mas a proposta do Governo do Distrito Federal (GDF) garantiu apenas 17%. O vice-presidente diz que após a categoria não ter negado o acordo, não houve mais negociações. "O governo se retirou da mesa de negociações. Estamos lutanto por 0,5%. Nós só voltaremos às atividades com o atendimento de nossas reivindicações". Segundo ele, essa diferença seria de R$ 50 mil por mês na folha.
De acordo com a assessoria de imprensa da Novacap, o coordenador de assuntos sindicais do GDF, Ilair Antônio Tumelero, responde pela empresa acerca de greve. A reportagem do correiobraziliense.com.br tentou entrar em contato com ele mas não obteve retorno.
Negociações
Entre as reivindicações iniciais da categoria, estavam a garantia da homologação e implantação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), mudança do regime de trabalho para estatutário, reajuste salarial, axílios creche, alimentação e transporte. O GDF acatou todos os pedidos, mas propôs aumento 0,5% menor.
A categoria já havia suspendido os serviços desde o início do mês, em 3 de novembro, com a chamada "greve branca", para tentar negociar. No entanto, não houve acordo. Segundo o sindicato, há 15 dias houve uma reunião entre a classe e o coordenador de assuntos sindicais, mas ele teria dado a negociação como encerrada.