postado em 01/12/2010 16:06
Em reunião com representantes do Governo do Distrito Federal na tarde desta quarta-feira (1;12), a secretária de Saúde, Fabíola Nunes, garantiu que os hospitais particulares atenderão os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em estado grave, nem que seja por meio de ações judiciais. O governo afirma que neste ano não existem dívidas com os gestores das redes particulares.O corregedor-geral do DF, Haendel Fonseca, disse que o GDF já pagou R$ 33,5 milhões pelos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) só neste ano. Desse total, R$ 19 milhões dizem respeito a contratos que já haviam sido firmados e 14,5% são valores referentes a ações judiciais.
[SAIBAMAIS]Para o GDF é necessária a auditoria para ver quais são as contas pendentes. Dentro da previsão orçamentária deste ano na área da saúde existe ainda em caixa R$ 60 milhões. "Acreditamos que será possível pagar algumas dívidas de gestões anteriores, mas a princípio vamos honrar com os compromissos deste ano", explicou Haendel.
Requisitos
Para que as dívidas com os hospitais particulares sejam pagas, o GDF condicionará dois requisitos: Somente as dívidas de contratos serão quitadas e apenas depois de passar por auditoria. O governo continua questionando o valor da dívida total dos 16 hospitais conveniados ao SUS, que segundo o Sindicato Brasiliense de Hospitais (SBH) chega a R$ 103 milhões.
De acordo com o convênio firmado pelo GDF e o SUS em 2007, o preço de cada UTI seria R$ 3,2 mil por dia. Mas quando os hospitais particulares têm que receber pacientes da rede pública mediante ação judicial, o governo paga pela tabela do SUS, que tem o valor previsto de R$ 1,2 mil. Após a auditoria, o governo pretende descobrir qual a margem de valor os gestores cobram para chegar ao número de R$ 103 milhões. O valor etá acumulado desde 2007.