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Candidata Weslian Roriz ainda não apresentou contas da campanha à Justiça

postado em 04/12/2010 10:15

Se Weslian Roriz (PSC) tiver alguma intenção de voltar a ser candidata no futuro terá de estar quite com a Justiça Eleitoral, que exige dos concorrentes a cargos eletivos a prestação de contas de campanha. Candidata ao governo pela coligação Esperança Renovada, a ex-primeira-dama perdeu o prazo para apresentar o relatório de receita e despesa durante a disputa. A data limite era 30 de novembro, última terça-feira.

A Lei das Eleições, em seu artigo 11 (parágrafo 7;) trata da abrangência da quitação eleitoral, que inclui o exercício do voto, o atendimento a convocações para auxiliar em dia de pleito, a inexistência de multas e a apresentação de contas de campanhas. Ou seja, segundo a lei, para estar em dia com a Justiça há que se dar satisfação do balancete dos gastos que foram feitos durante a disputa.

Candidato eleito pelo PT, Agnelo Queiroz informou ter gasto durante os três meses de campanha R$ 17,6 milhões. Os dados foram apresentados pelo governador eleito na tarde da última terça-feira. Segundo o relatório, a equipe de campanha encerrou o processo eleitoral devendo R$ 1,5 milhão, já que a coligação arrecadou menos (R$ 16,1 milhões) do que gastou.

As principais despesas de Agnelo ao longo dos dois turnos das eleições foram com material gráfico e produção dos programas para a propaganda eleitoral gratuita na televisão e no rádio. O maior financiador da empreitada petista foi o Diretório Nacional do partido. O comando do PT repassou à candidatura local R$ 5,6 milhões, 30% do total gasto. Entre as empresas privadas, a Galvão Engenharia aparece como a maior doadora de recursos ao então candidato, com R$ 500 mil.

Tipo de detalhamento que no caso de Weslian ainda não é público. De acordo com o presidente do PSC, Valério Neves, houve um desencontro com o contador da campanha, mas os dados estão sendo reunidos e serão entregues no início da próxima semana. O procurador regional eleitoral, Renato Brill, alerta que o postulante que não apresenta contas não consegue a quitação com a Justiça e ;pode ter um eventual registro de candidatura negado no futuro;. Em caso de atraso, a aprovação se dá com ressalvas.

Divulgação automática
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, os balanços são divulgados automaticamente no site da Justiça imediatamente após a coordenação da campanha enviar os dados por meio eletrônico. As contas serão julgadas pelo TRE-DF, que publicará o resultado da análise até oito dias antes da diplomação do novo governador, que ocorrerá em 15 de dezembro.

Os valores informados pela campanha de Agnelo demonstram que a disputa deste ano foi mais salgada que a de 2006, quando José Roberto Arruda declarou despesa de R$ 8 milhões. À época, cada voto saiu por R$ 12. A vitória do PT custou, por eleitor, R$ 20,12.

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