Naira Trindade
postado em 04/12/2010 10:52
A Semana Nacional de Conciliação 2010 ; do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ; superou as expectativas. De 29 de novembro a 3 de dezembro, o mutirão realizou 2.657 audiências, cerca de 800 casos acima do previsto. A média de encontros ficou em 664 por dia. Deles, 1.333 acabaram em acordos, ou seja, 50% dos atendimentos ficaram solucionados através do diálogo entre as partes envolvidas elevando a soma de conciliação para R$ 5.737.520,39.Apenas nos dois primeiros dias de negociações, cerca de 800 pessoas haviam participado de audiências conciliadoras nos postos de atendimento dos tribunais e juizados especiais. No balanço final, 50% aceitaram as propostas apresentadas, dando um ponto final ao processo judicial. Para receber a demanda, somente no prédio do Tribunal de Justiça, 42 bancas foram montadas, sendo cinco para atender às demandas da 2; instância, duas volantes e 35 para os processos de 1; instância. A comissão de conciliação ; instituída pela Portaria n; 81 ; é composta por seis juízes e seis servidores, e conta com a colaboração de 199 conciliadores voluntários, além de estagiários e servidores das varas cíveis.
A 7; edição da Semana de Conciliação do Distrito Federal, quinta com a participação do Conselho Nacional de Justiça,encerrou ontem com uma proposta de tornar-se permanente nos próximos trimestres, sugestão do advogado Michel Costa. ;Em Goiânia, os magistrados realizam encontros em períodos pré-fixados, o que desafogou o sistema judiciário de lá;, contou. Para a juíza Marilza Neves, a intenção deve ser colocada em prática no próximo ano. ;A conciliação é a melhor forma de solucionar conflitos. A ideia é transformar em um projeto fixo, que vai beneficiar todas as partes envolvidas;, contou.
Desembargador do TJDFT, Otávio Augusto Barbosa defende que a semana desafoga o volume crescente de ações em relação aos bancos. ;Todos ganham com a conciliação. Ela acaba com o estresse resultante do conflito e permite aos envolvidos a compreensão mútua das desavenças e a construção conjunta da solução. É o verdadeiro exercício da cidadania em toda a sua essência. O resultado dessa Semana no TJDFT superou as expectativas, e deixou claro que esse é o caminho para o Judiciário e para a sociedade;, disse.
PALAVRA DE ESPECIALISTA
Intenção de permanência
A conciliação é a solução pacífica do conflito. Significa um amadurecimento do cidadão, que começa a mudar a cultura e perceber que um bom acordo vale mais que uma demanda longa e cara. Todos ganham com a conciliação. Ela acaba com o estresse resultante do conflito e permite aos envolvidos a compreensão mútua das desavenças e a construção conjunta da solução. É o verdadeiro exercício da cidadania em toda a sua essência. O resultado dessa Semana no TJDFT superou as expectativas, e deixou claro que esse é o caminho para o Judiciário e para a sociedade. Nossa ideia e desafio agora é transformar essa prática em um processo permanente. Desembargador Otávio Augusto Barbosa, presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios