Cidades

Deficientes visuais comemoram fim do ano com festa e projeto inclusivo

postado em 16/12/2010 20:57
Comemorando mais um ano de superação dos limites, a Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV) vai realizar uma confraternização às 10h deste sábado (18/12). A festa será na sede da ABDV, na quadra 903 Sul, atrás do colégio Leonardo da Vinci.

A intenção, segundo a associada Luciana Lopes, é que as pessoas com deficiência visual se integrem à Associação. "É uma oportunidade de convívio", disse Luciana. Durante o evento, os deficientes visuais apresentarão bandas musicais, além de jogar e aproveitar os sorteios. O almoço oferecido será gratuito para os deficientes e associados, apenas os acompanhetes terão que pagar. "Nas festas nós procuramos valorizar os profissionais do nosso meio", comentou Luciana.

De acordo com Luciana, um dado do IBGE do ano 2000 aponta que o Distrito Federal tenha 188 mil deficientes visuais e a ABDV conta apenas mil associados. "Cadê esse povo? Nós não sabemos onde estão os deficientes", indagou, convidando-os para fazer parte do projeto.

Para Luciana, é importante que os deficientes visuais se associem a ABDV. "Nós representamos um segmento em Brasília e temos uma série de oportunidades gratuitas para esse público", explica.

Projeto Brasília Tátil

Na confraternização, os deficientes visuais poderão se inscrever no projeto Brasília Tátil - Percepção e Criação Artística a partir do Toque. Serão 50 vagas gratuitas para que eles aproveitem a iniciativa e conheçam, a partir do toque, o Roteiro Turístico Brasília Tátil e participem da Oficina de Criatividade e Modelagem em Argila.

Segundo a coordenadora do projeto, Luciana Lopes, se a demanda for maior, mais vagas serão abertas. Além disso, o projeto atenderá a um grupo de escolas inclusivas do DF. Nesse caso, os alunos que não são cegos farão atividades com os olhos vendados. "A ideia é que eles se sintam no lugar do coleguinha deficiente e aprendam a conviver com eles", disse Luciana.

No roteiro, os participantes conhecerão obras de arte presentes no acervo de importantes monumentos da cidade. Já a oficina será um momento de criação de peças inspiradas nas obras de Brasília. Ministrada pelo Grupo Artes Táteis, formado por três artistas plásticos com deficiência visual, utiliza técnica adaptada para cegos.

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