Cidades

Fabíola Nunes avalia período em que esteve à frente da Secretaria de Saúde

postado em 17/12/2010 16:40
Faltando menos de um mês para deixar o cargo, a Secretária de Saúde do Distrito Federal, Fabíola Nunes, fez um balanço da sua gestão, nesta sexta-feira (17/12). O evento, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), contou com a presença do chefe do executivo local, Rogério Rosso.

A secretária de Saúde (D) apresenta balanço da sua gestãoSegundo ela, durante o tempo em que esteve à frente da pasta - Fabíola Nunes foi nomeada logo após a escolha de Rosso como governador tampão, em abril - precisou tomar medidas drásticas já que encontrou a rede desabastecida, gestores sem autonomia e com uma estrutura organizacional inadequada. De acordo com a secretária, 2.724 servidores foram nomeados, entre eles 709 médicos.

Entre as conquistas alcançadas, Fabíola destacou a criação da Secretaria Extraordinária de Logística e Infraestrutura do DF (Selis) para regulamentar o abastecimento da rede. Ela encontrou a saúde com falta de material e o frequente uso das compras emergenciais. Com o fim da gestão de Fabíola, a Selis será desativada. O titular da secretaria, Herbert Teixeira Cavalcanti, disse que as compras devem abastecer a Saúde até agosto do próximo ano.

Fabíola informou ainda que as contas de 2010 estão em dia, mas para haver um reconhecimento da dívida dos hospitais leva tempo. No fim de abril deste ano, os hospitais particulares cobravam uma dívida de quase R$ 60 milhões da Secretaria de Saúde referente ao atendimento dos pacientes nos 125 leitos contratados pelo governo para dar suporte à demanda. Os empresários ameaçaram romper os contratos, mas não precisaram fazê-lo porque o governador Rogério Rosso prometeu sanar as dívidas. No início de dezembro, no entanto, os hospitais privados voltaram a denunciar a falta de pagamento e a dívida acumulada supera R$ 104 milhões, segundo eles.

A secretária ainda destacou a criação do Centro de Referência da Saúde do Tranbalhados, o ambulatório do viajante, a ampliação do teste do pezinho e a Corregedoria de Saúde. Ela considera uma vitória a intervenção no Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), pois criticou a quantidade de dinheiro enviada para a gestora da unidade, a Real Sociedade Espanhola de Beneficência, que recebia cerca de R$ 11 milhões por mês, dinheiro que nenhum outro hospital possui.

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