Cidades

Agefis divulga prioridades de fiscalização de acordo com os brasilienses

postado em 22/12/2010 12:41
A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) divulgou, na manhã desta quarta-feira (22/12), o resultado de uma pesquisa que ouviu a população de Brasília sobre as necessidades de fiscalização na cidade. A pesquisa apontou que 95,7% da comunidade considera importante o serviço prestado pelo órgão.

De acordo com a diretora-geral do órgão, Bruna Maria Pinheiro, o resultado foi bastante positivo. "Não imaginávamos que a população considerava o trabalho tão importante. Antes as prioridades eram definidas de acordo com o Ministério Público e solicitações de secretarias. Dessa forma, podemos ouvir o interesse do nosso principal cliente, a população", afirma.

O estudo também indicou pontos que devem se tornar prioritários no ponto de vista dos brasilienses na fiscalização feita pela Agefis. Segundo a diretora-geral do órgão, na categoria de obras, 21,4% dos entrevistados querem mais fiscalizações em obras antigas com riscos de desabamento e 20% em acessibilidade. Para Bruna, os números são surpreendentes. "É interessente porque os dados de desabamento venceram entre a classes C, D e E, onde a gente identifica construções com menos projetos. Já entre as classes A e B a vencedora foi a fiscalização da acessibilidade. Sabíamos que teríamos que fiscalizar por conta das exigências da Fifa para a Copa do Mundo. Mas agora podemos fazer com a cidade do nosso lado", explica.

Comércio
Na categoria de fiscalização de atividades econômicas, 42,4% da população quer maior rigor no comércio de bebidas alcoólicas próximo a escolas. A segunda colocada foi no comércio em geral, como bares, hotéis, igrejas, postos de combustíveis e casas noturnas. "Podemos ver que as pessoas estão preocupadas com a fiscalização de bebidas alcoólicas. Porque ela foi indicada direta e indiretamente no primeiro e segundo colocados da pesquisa", resssalta Bruna Pinheiro.

Ela também indica que as maiores preocupadas são as mulheres e também as pessoas de nível social mais baixo: "Vemos o instinto materno e a preocupação daqueles pais onde os filhos estudam perto de bares. Isso acontece principalmente nos locais mais pobres". A diretora-geral da Agefis garante que, se for preciso, a fiscalização que antes era em cinco escolas poderá passar para 50.

Outro ponto de destaque apontado por Bruna foi o resultado nas duas categorias de obras e atividades econômicas. A população indicou como terceiro ponto importante a fiscalização das ocupações irregulares, como grades e puxadinhos. Segundo Bruna, a pesquisa será entregue ao governador do DF, que é o único que pode apontar os trabalhos da Agefis. "Já na primeira semana de janeiro, o governador deve definir os trabalhos para os próximos quatro anos. Com isso, já colocamos em janeiro mesmo os projetos nas ruas", garante a diretora.

Propaganda Irregular

A diretora-geral da Agefis ainda demonstrou surpresa em outro resultado da pesquisa feita pela empresa Exata Opinião Pública. A fiscalização de propaganda irregular ficou em penúltimo lugar, com 6% do interesse da população. "Percebemos que em Brasília esse não é um dos pontos que mais incomoda. Logo a propaganda irregular que sempre foi uma bandeira de vários governos", finaliza Bruna Pinheiro.

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