A pesquisa de preços do material escolar de 2011 realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) verificou uma variação de quase 140% entre a lista mais barata e a mais cara. No total, livrarias e papelarias de 15 regiões administrativas foram visitadas, resultando em 34 lojas pesquisadas.
O diretor geral do Procon, Oswaldo Morais, - reempossado nesta quinta (6/1) - diz que a pesquisa este ano foi inovadora. "Todas as 34 empresas tiveram a lista divulgada, item por item. Porém, o Procon fez uma lista de preços apenas com os produtos mais baratos;.Morais alerta, ainda, que o valor não deve ser o único critério na hora da compra. "O produto de uma marca mais barata, por exemplo, pode não ter a mesma durabilidade de um outro, mais caro. De forma que não seja vantagem analisar pelo preço, mas sim, pela qualidade", acrescenta.
Morais também chama a atenção para os excesso cometidos pelos pais e pelas escolas. "Um pai não precisa comprar um apontador com estojo, sendo que a função desse produto é apontar o lápis", sugere - e completa, listando aqueles itens que não podem ser exigidos pela instituição. "A escola não pode, por exemplo, cobrar os artigos de limpeza e de higiene. Não podem, também, exigir que os pais comprem copos, talheres, giz de lousa, grampeadores. Só aquilo que é de uso individual e que contribua para o aprendizado do aluno que pode ser cobrado pela escola", esclarece.
Taguatinga foi a cidade que teve a maior variação de preços. A lista mais cara sai a R$ 188,59, a pesquisada pelo Procon é de R$ 85,69, uma economia que chega a R$ 102,90. Sobradinho é a região onde o comparativo entre as listas variou menos, apenas 26%.
Quando se trata da diferença de preços entre marcas, as porcentagens são ainda maiores. Um apontador com depósito, por exemplo, chega a variar 789% entre as marcas. A lapiseira 0.7mm varia 369%.
Estes preços permanecem inalterados somente até o dia 15 de janeiro, conforme acordo firmado com comerciantes.