Cidades

GDF pode prorrogar contrato com empresa gestora do hospital de Santa Maria

postado em 20/01/2011 13:59
O contrato do GDF com a empresa Real Sociedade Espanhola Beneficência, que administra o hospital de Santa Maria, chega ao fim nesta sexta-feira (21/1). Para evitar que o caos se instale definitivamente na unidade, o governo estuda a possibilidade de estender por mais alguns meses o contrato com a gestora.

Segundo a secretaria de Saúde, a decisão deve ser tomada amanhã, depois de uma reunião entre o governador Agnelo Queiroz, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, e o Ministério Público. O objetivo da reunião é encontrar um meio de manter o hospital em funcionamento.

Enquanto aguardam uma definição, os funcionários já teriam normalizarado o atendimento à população nesta quinta-feira, segundo a assessoria do hospital. Serviços que estavam suspensos, como a internação por exemplo, estãriam funcionando desde o horário da manhã, com servidores da Real Sociedade Espanhola e do GDF. Além disso, consultas já estão sendo marcadas para a próxima semana no ambulatório.

Entretanto, as pessoas que buscavam atendimento no HRSM se depararam com um funcionamento lento durante o dia. Relatos de pacientes contam que apenas um médico-clínico estava de plantão, o que motivou alguns deles a procurar outros hospitais, como o do Gama ou de Ceilândia.

Além disso, com o fim do contrato, alguns funcionários da Sociedade Espanhola podem não comparecer ao HRSM nesta sexta. Apenas a renovação da parceria com o GDF nos próximos dias garantiria a presença de todos, o que deve acontecer num prologamento contratual de até seis meses, segundo a assessoria.

Motivos da renovação
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, a rede pública de saúde do Distrito Federal não comportaria a demanda de pacientes que deixariam de ser atendidos caso o HRSM fosse fechado. Isso sobrecarregaria principalmente os hospitais de Ceilândia e Gama, que já vivem uma realidade bastante crítica. Todo mês cerca de 1200 pessoas procuram o Hospital Regional de Santa Maria.

A assessoria explicou ainda que se o contrato com a Real Sociedade Espanhola não for prorrogado, o GDF pode preencher os quadros vazios do hospital com servidores da saúde. Cerca de 60% dos funcionários teriam que ser substituídos. Mas para isso acontecer é preciso primeiro desenrolar uma série de empecilhos jurídicos e fiscais. Esses servidores teriam um contrato temporário com o GDF.

Colaborou Mara Puljiz

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