postado em 21/01/2011 18:40
Com a confirmação do secretário de Obras, Luiz Carlos Pitiman, sobre a resolução do problema de desnivelamento na Ponte Juscelino Kubitschek, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) libera gradativamente o trânsito no local. Ainda nesta sexta-feira (21/1), conforme o controle de velocidade (40Km/h) avançou, os ônibus voltaram a trafegar nas vias desde às 19h30. Já os caminhões, porém, deverão esperar 15 dias, até que os aparelhos de apoio da ponte sejam substituidos.De acordo com o agente responsável pela fiscalização, Marcelo Madeira, o Detran já enviou equipes extras ao local para ampliar o controle de velocidade, pois esta seria a principal causa da trepidação da ponte, e não o peso. Barreiras físicas serão postas nas pistas para estreitamento da via. Assim que os radares confirmaram que os carros estão trafegando a 40Km/h, o trânsito de ônibus voltou a ser permitido.
Pela manhã, funcionários da empresa responsável pela construção da ponte participaram de uma vistoria geral, e ao longo do dia teriam corrigido o problema com os aparelhos de apoio. Segundo Luiz Pitiman, um deles apresentou o defeito que teria gerado as oscilações na ponte. A secretaria de Obras pretende pedir ao TCU que abra um contrato emergencial para a compra de quatro novos aparelhos de apoio, um para cada extremidade da base mergulhada no Lago Paranoá.
Moradores sentiam os problemas
Roberta Abreu
Para alguns moradores de áreas próximas à Ponte JK o problema na estrutura da terceira ligação entre o Lago Sul e o Plano Piloto já era percebido há algum tempo. Por volta das 12h30 de ontem motoristas e ciclistas que passavam pelo local sentiram os desníveis e alertaram o Corpo de Bombeiros, que interditou a ponte em seguida. O motivo foram as fortes oscilações causadas por um desnível na fissura da estrutura, de aproximadamente 4 cm.
O aposentado Cesar Borba, morador na QI 26, costuma utilizar a Ponte JK para a caminhada. Segundo ele, em pouco tempo o desnível da fenda aumentou. "Há mais de um mês eu noto o desnível. Com as chuvas, eu parei de caminhar e quando retornei, na última segunda-feira, tinha aumentado", disse.
Ele atribui aos veículos pesados a responsabilidade pelo problema. "Eu andava próximo da fenda quando um ônibus passou. Tudo balançou e eu pensei que eu estivesse passando mal, até me segurei. Na volta, resolvi parar e observar e vi que a pista estava balançando. Todos os dias, de manhã cedo, muitos caminhões passam aqui e eu sempre dizia que alguma coisa ainda ia acontecer", alertou.
O servidor público Maurício do Amaral Carvalho, 44 anos, é morador da QI 29 e utiliza a ponte de carro diariamente para chegar ao trabalho e, há 15 dias, notou o aumento do desnível. "Sempre trafego na pista de menor velocidade e comecei a reparar o desnível pelo corrimão. Na parte central da pista, onde a diferença era pouca, vi que aumentou também. Eu sentia que o carro dava um impacto muito forte em baixa velocidade. No sentido Lago Sul - Plano Piloto tem uma placa metálica que amortece e diminui a sensação, mas do outro lado não tem", explicou.