Luiz Calcagno
postado em 25/01/2011 17:18
O servidor público Azael Gonçalves foi espancado no último sábado (22/01) no estacionamento do hipermercado Base Atacadista, às margens da Estrada Parque Núcleo Bandeirante. A causa do desentendimento que culminou com a agressão ao senhor de 52 anos teria sido um erro de impressão no panfleto publicitário do estabelecimento.Segundo Azael, ele foi ao hipermercado de carona com vizinhos, para comprar fraldas que estariam em promoção a R$7,00. Levou consigo o panfleto publicitário com os preços. Quando chegou ao mercado, as fraldas tinham sido retiradas das prateleiras e no seu lugar estava apenas um cartaz da gerência, pedindo desculpas por um erro de impressão no preço das mesmas. Azael reclamou com o gerente e exigiu o direito de levar as fraldas pelo preço anunciado. Como resposta, o gerente o teria ofendido.
Azael pegou então o cartaz de desculpas para levar à Delegacia de Defesa do Consumidor e neste momento foi atacado com uma gravata por Teodoro Luiz da Silva Neto, 46 anos. De acordo com testemunhas e com a própria vítima, Teodoro Luiz seria segurança do estabelecimento. O servidor público pediu para ser solto, mas o suposto segurança identificou-se como Policial Militar, ameaçou prendê-lo e o algemou. Queria ainda levá-lo para uma pequena sala, mas foi impedido pelo gerente. Tudo isso diante dos caixas do hipermercado. O gerente Gilvane Cassemiro Pereira levou os dois para o estacionamento e pediu que Azael fosse solto.
O servidor público falou que iriam todos para a Delegacia, e disse inclusive que iria algemado. O segurança soltou então uma das algemas, mas não conseguiu soltar a outra, pois foi impedido por Azael. Teodoro então torceu os dedos da vítima com a algema e desferiu chutes, socos e até choques elétricos no senhor de 52 anos.
A viatura da PM chegou ao local e ainda tratou o suposto segurança como vítima. O caso foi registrado na 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). O agressor Teodoro Luiz da Silva Neto vai responder por lesão corporal. O supermercado nega que ele seja funcionário. No entanto, segundo clientes, Teodoro Luiz trabalharia no local há pelo menos seis meses.