postado em 26/01/2011 08:08
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) realiza sessão ordinária hoje, às 9h, com um item delicado na pauta. A entidade deverá julgar o processo administrativo disciplinar contra do ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra e a promotora pública Deborah Guerner. No último dia 18, encerrou o prazo concedido para o fim das investigações iniciadas em julho. Os dois são acusados de favorecer o ex-governador José Roberto Arruda (sem partido) e foram denunciados pelos crimes de vazamento de informações sigilosas, extorsão, formação de quadrilha, além de interferência na independência funcional de membro do MPDFT.Na sessão extraordinária realizada em 13 de dezembro, os conselheiros do CNMP, por unanimidade, decidiram pela suspensão cautelar dos promotores públicos por 120 dias. Durante esse período, eles não podem entrar nos gabinetes ou manter contato com a assessoria do Ministério Público. Caso sejam considerados culpados, os dois podem ser condenados com advertência, censura, suspensão ou demissão. A pena deverá ser proposta pelo relator do processo, conselheiro Luiz Moreira, e apreciada pelo Plenário.
Bandarra e Deborah também foram denunciados em três ações penais propostas pelo procurador regional da República Ronaldo Albo ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1; Região. Eles foram acusados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, de recebimento de dinheiro para favorecer empresas prestadoras de serviço de coleta de lixo e por troca de informações sigilosas. Em junho, a Polícia Federal descobriu um bunker na casa de Deborah, com dinheiro, documentos e vídeos. (RT