postado em 08/02/2011 10:55
Os policiais civis do Distrito Federal farão, nesta quinta-feira (10/2), a partir das 16h, uma nova assembleia no Parque da Cidade para decidirem se retomam ou não a greve. A categoria reivindica a reestruturação da carreira e um aumento a ser pago em cinco parcelas ao longo de três anos.A greve do ano passado foi suspensa porque aumentos salariais não podem ser concedidos em período eleitoral, desta forma, não seria possível negociar com o governo.
Para o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Ciro de Freitas, a evasão de agentes que entraram recentemente na corporação é preocupante. "Nós pleiteamos essa reestruturação para motivar o policial a ficar. Muitas vezes eles fazem outros concursos e vão para outros órgãos. Em alguns casos, o salário é até menor", lamenta Freitas. "Quando você se torna um policial, sua vida muda. Você passa a andar com uma arma na cintura o tempo todo. Todos os seus vizinhos sabem que você é um policial. Qualquer coisa que acontece, eles batem na sua porta. Os policiais não se sentem motivados a permanecer na corporação", completa.
Entenda o caso
Técnicos do Sinpol, da Polícia Civil e do governo elaboraram um plano de maneira que agradasse à categoria e não pesasse os cofres públicos. "Um agente, a cada cinco anos, recebe uma promoção e sobe de classe. Nesse plano que nós criamos, ao invés dele ganhar esse aumento nesses cinco anos, ele ganha uma parcela - o valor total dividido por cinco - anualmente", explica Freitas.
O plano que prevê a reestruturação das carreiras já foi encaminhado ao Governo Federal e, hoje, se encontra na Casa Civil, onde será decidido se será tratado como Medida Provisória ou Projeto de Lei. "A retomada da greve só vai depender do comportamento do governo", conclui o vice-presidente do Sinpol.