Cidades

Idosa espera mais de nove horas por transferência para leito no Hran

postado em 09/02/2011 07:52
Com quadro clínico indefinido entre embolia e acidente vascular cerebral (AVC), uma paciente de 78 anos aguardou ontem, segundo a família, por mais de nove horas a transferência do Hospital Regional de Sobradinho (HRS) para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). O drama foi vivido com revolta pelos familiares da aposentada Lia Vicente Barreiros. Segundo a neta da paciente, a pedagoga Bianca Barbieri, 34, a solicitação para removê-la foi feita assim que os parentes foram comunicados da liberação do leito de UTI.

;Chamamos o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) às 12h. A cada hora eles nos davam uma explicação diferente para o atraso. Às vezes havia médicos, mas não tinham carros e vice-versa. Depois nos falaram que a ambulância tinha quebrado e estava passando por manutenção, ou, então, que não havia respirador;, indignou-se Bianca. Finalmente, às 21h40, a ambulância do Samu chegou ao HRS para transferir Lia Vicente.

Internada desde a última quarta-feira, segundo familiares, os médicos do HRS não podiam dar certeza do diagnóstico clínico da idosa por falta de alguns aparelhos e de exames específicos. Por isso a urgência na transferência da paciente. ;A equipe do HRS fez tudo o que estava ao alcance deles, mas é um absurdo faltar uma ambulância. Se tivessem nos avisado desde o início que não viria um carro, teríamos providenciado uma alternativa. Essa situação é uma falta de respeito. Não posso colocá-la no meu carro e levar;, repetia Bianca.

Segundo a Secretaria de Saúde, o pedido de remoção da paciente foi registrado às 16h20 pelo Samu. O órgão informou que, durante o dia de ontem, dois carros do serviço de urgência fizeram o transporte de pacientes entre hospitais, mas que as ambulâncias seguem uma lista de prioridades por gravidade em que outras pessoas apareciam à frente de Lia Vicente. De acordo com a secretaria, a ambulância que levou a idosa para o Hran seria responsável, posteriormente, por outros atendimentos.

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