postado em 10/02/2011 07:55
Enquanto o plenário se preparava para votar o pacote enviado pelo Executivo, a deputada distrital Celina Leão (PMN) circulava no ambiente recolhendo assinaturas para instaurar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde. Para tanto, ela precisava do apoio de sete colegas, mas conseguiu 10 a mais. O requerimento foi protocolado na Mesa Diretora e está previsto para ser lido na próxima sessão. Assim o grupo está liberado para funcionar.Os focos das investigações serão denúncias de ;irregularidades, ilegalidades e imoralidades; na Secretaria de Saúde de 2007 a 2011. Os temas abordados serão a terceirização da gestão do Hospital de Santa Maria para a Real Sociedade Espanhola, a manipulação na execução de contratos de reprografia com a empresa Uni-Repro Soluções Ltda., o superfaturamento na aquisição de medicamentos, a demora na nomeação de concursados que resultou no deficit de 2 mil profissionais na Secretaria de Saúde, além da utilização de leitos de UTI dos hospitais particulares.
Uma das motivações de Celina foi a declaração de que seriam abertas duas CPIs, para investigar o Pró-DF e o DFTrans. Se criadas, a cota de na Casa seria suprida. ;A demanda mais urgente trata da área da Saúde. Precisamos saber quem são os culpados pelo caos nos hospitais públicos para poder puni-los;, diz a deputada. A atual gestão também será fiscalizada, segundo Celina, devido ao decreto de emergência no setor, que possibilita ao GDF a adoção de medidas sem autorização prévia, como contratação de pessoas e compra de remédios. ;Passaram-se 40 dias e a situação não mudou nos hospitais;, avalia.
Apesar de abranger a gestão anterior e a atual, assinaram o requerimento distritais da oposição e da base do governo, inclusive quatro dos cinco petistas ; apenas Wasny de Roure (PT) ficou fora. Chico Leite (PT) afirmou que tentou por diversas vezes abrir a CPI nas gestões de Joaquim Roriz (PSC) e de José Roberto Arruda (sem partido), mas que os governos atuaram para impedir as investidas.