postado em 10/02/2011 07:59
A Secretaria de Educação do Distrito Federal abrirá processos licitatórios para dar início a obras na rede pública de ensino. A promessa é fechar um plano de reformas e construções, capazes de contemplar escolas em situação precária e provisória. Segundo o órgão, algumas ações podem ser iniciadas ainda neste ano. Centros de ensino do Cruzeiro e de Ceilândia estão na lista de prioridades do GDF para as intervenções que devem ser iniciadas em 2011, segundo informou a assessoria de gabinete da Secretaria de Educação (leia quadro).Dos R$ 2,9 bilhões destinados para a pasta, R$ 60 milhões devem ser direcionados para obras nos colégios públicos. ;As instituições ficaram cerca de dois anos sem contratos de manutenção. A situação que encontramos nas escolas foi deplorável. Pretendemos trabalhar neste ano para que em 2012 os próximos alunos encontrem melhores condições para estudar;, explicou Clerton Evaristo, assessor de gabinete da Secretaria de Educação do DF. Ele diz que, dentro do orçamento destinado pelo Governo do Distrito Federal ao setor, cerca de R$ 26 mil poderão ser investidos, por instituição, em reparos e manutenção. Para isso, novos contratos acabam de ser assinados para o ano.
Segundo Remi Castoni, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em políticas públicas, a insalubridade em alguns colégios do DF provoca impacto na qualidade do ensino oferecido. ;A educação precisa encontrar meios de se renovar. Se o governo não dá atenção à escola, não pode exigir que o jovem o faça;, afirmou.
O diretor jurídico do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro/DF), Washington Dourado, explica que boas estruturas são essenciais para o andamento das aulas. ;As condições precárias que alguns alunos vão encontrar nas escolas hoje refletem diretamente na qualidade da aprendizagem dos alunos. Ter uma escola organizada é pré-requisito, questão fundamental para gerar bons resultados;, defendeu. ;Os governos sempre fizeram melhorias pontuais. Está na hora de criar uma política de investimento permanente;, concluiu.