postado em 13/02/2011 08:18
Um homem foi preso pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) acusado de despejar óleo sem autorização num terreno baldio, localizado no Setor de Transporte de Carga (STRC), no SIA, no início da tarde de ontem. Segundo a polícia, mais de 2,5 mil litros do produto foram derramados, contaminando o solo e atingindo até um quiosque próximo ao local. O dono caminhão-tanque, identificado apenas como Carmo, contou aos policiais que o veículo estava estacionado no terreno havia 10 dias, por problemas no motor. Segundo ele, vândalos teriam aberto, na madrugada, o recipiente por onde escorre o óleo e provocado o incidente. O proprietário do caminhão passou mal quando soube que policiais estavam no lugar e foi hospitalizado. Quando os agentes do BPMA chegaram ao terreno , um trator despejava terra sobre as poças de óleo, numa tentativa de esconder o derramamento.
Impacto
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi chamado para fazer um estudo de impacto na área. Ficou decidido que ainda hoje todo o líquido inflamável deve ser removido por uma escavadeira. Um contêiner também deve ser contratado para receber o produto e, depois, encaminhado para Goiânia (GO), a cidade mais próxima que dispõe de aterro apropriado para receber esse tipo de dejeto. Toda essa operação será custeada pelo dono do caminhão. Além de ser obrigado a restaurar o estrago que fez, o responsável também terá de pagar três multas: uma por poluição, outra por derramamento de óleo em local proibido e, a última, por falta de identificação adequada no caminhão. Se as investigações apontarem que ele agiu de má-fé, pode pegar até cinco anos de prisão. Se a apuração entender que ele não teve culpa, a pena máxima é de um ano de reclusão.
O capitão do BPMA, Fernando Passos, alertou que a remoção do óleo deve ser feita de forma rápida para evitar que a chuva leve o material para os rios por meio de galerias de águas pluviais. ;Ele tem de reparar o dano que causou o quanto antes para evitar um desastre de consequências mais drásticas;, afirmou o oficial. O caso foi registrado na 8; Delegacia de Polícia (Setor de Indústria e Abastecimento) e deve ser transferido para a Delegacia de Crimes Ambientais (Dema).